Sendo que um cidadão português residente no estrangeiro se pode candidatar à Assembleia, e que as viagens de Paris custam menos do que as viagens de um (hipotético?) deputado da ilha do Corvo, onde está o problema?
Cheira-me a "os políticos só querem é meter dinheiro ao bolso" de rabo de fora,
Cheira-me a "os políticos só querem é meter dinheiro ao bolso" de rabo de fora,
11 comentários :
bom eu diria que o outro também devia custear as suas idas
tinha um colega meu do PCP que foi para o parlamento e no 1º ano foi sempre de comboio era de setúbal se ajuda e tinha até ao 2ºano mantido esta prática
agora já não o faz mas uma ex-deputada do mesmo inda deixa que lhe roubem limões e vai às compras sem motorista o qwe não acontece com muitos outros presidentes de câmara de várias cores desde Mora a Mortágua em Mora o vice herda o cargo é uma espécie de dinastia kim-ill-sunica
usa meios nacionais e do corvo a 1ªclase e a
2ªdevem ir juntas num aviocar ou similar
não é por se ser da sua cor que não se é criticável
uma eurodeputada deve cumprir as suas funções tem paga para isso não foi obrigada eu qwe sou uma besta axo mal mas provavelmente se sou uma ex-starlette tenho de viver como uma 1ªclasse ou executiva incluida
mas isso sou eu a papiar vossa incelênça lá sabe e se tiver um cargozinho pra motorista eu tiro o chapéu e tiro a carta para poder conduzir
se bem com os acidentes que os carros oficiais têm
axo que não é preciso
se não têm seguro por alguma coisa é
Trata-se basicamente de um problema de inveja e de populismo.
Ninguém quer ir à ilha do Corvo e ela não interessa a ninguém. Mas muita gente tem inveja da Inês por ela poder ir todas as semanas a Paris.
Além disso, muitas pessoas ainda acreditam que uma viagem a Paris é muito cara. Não fazem ideia do valor real de tais viagens atualmente.
Este caso é em grande parte explicado pela inveja mesquinha. A Inês possivelmente até gasta menos a ir a casa do que um deputado por Bragança. Mas para o português vulgar Paris é a cidade-luz e Bragança uma vilória de província sem qualquer interesse. Portanto, ir a Paris é motivo de inveja grosseira, ir a Bragança é irrelevante.
Luís Lavoura
Presumo que o pequeno detalhe de Paris ser no estrangeiro e a Ilha do Corvo e Bragança serem território nacional é para vós completamente irrelevante.
Porque não se candidatou Inês pelo círculo da Europa, tal como fazem os restantes emigrantes?
anónimo das 10.50,
repare que o debate se centrou nos custos da viagem, não no país.
Mesmo falando do país, faria alguma diferença entre um deputado que viesse de Elvas ou de Badajoz? A lei reconhece o mesmo direito a ambos em termos de candidatura ao Parlamento, qual seria o problema?
Também não entendo a importância do círculo por onde se candidatou. Se vamos discutir esse ponto, haveria que pensar na grande maioria dos deputados que se candidatam por distritos onde não vivem.
Luís Lavoura, a inveja é errada se for de pessoas que ganham o seu dinheiro pelo seu trabalho e mérito. Não é errada (nem é inveja) se for de privilegiados. Qualquer deputado português residente em Paris é um privilegiado.
Miguel, o único ponto que se deve debater é mesmo um deputado viver permanentemente fora do país e querer ser deputado. A menos que seja pelos círculos da emigração (que são círculos excecionais), tal não faz sentido. Não adianta vir com preços: se Macau ainda fosse território português, que se pagasse. Se vivesse em Badajoz, pelo contrário, não. É uma questão moral, não é uma questão de números. Se bem que, no fundo, se não quisermos discriminar nenhum território, acaba por ser uma questão de números: se aceitamos Paris, por que não Katmandu?
Filipe,
essa seria uma discussão válida, mas não ouvi ninguém a tê-la.
acho que isso estava implícito no primeiro roskoff
comentário
"bom eu diria que o outro também devia custear as suas idas"
não creio que ele tenha inveja dela
porque o 1ºsubsídio dele de desemprego se extinguiu
provavelmente tem inveja de todos os que farão viagens mesmo virtuais
como esta das quais ele só tem acesso como esmola de "conhecidos" não lhes chamaria amigos porque esses teoricamente apoiam-se
como se apoia alguém que é da mesma cor política
não sei se me fiz entender
assinado:um funcionário público em dia de feriado camarário
é só ver as 330 e tal câmaras
Miguel, acho que abordei a questão dessa forma neste meu texto http://esquerda-republicana.blogspot.com/2010/04/as-viagens-da-deputada-ines-de-medeiros.html
Acresce que, como refiro aqui, as pretensões do PS para a deputada Inês de Medeiros (que não eram originalmente as pretensões da deputada Inês de Medeiros) contrastam flagrantemente com a lógica do "cartão do cidadão". Não se pode defender coerentemente o cartão do cidadão, por um lado, e que Inês de Medeiros seja eleitora em Lisboa e residente em Paris, como faz o PS, por outro.
Julgo que o último comentário de Filipe Moura (o do cartão de Cidadão) está muito certo, mas não há nada que impeça que uma pessoa seja residente num círculo e candidato noutro.
Já agora a diferença entre Badajoz e Katmandu é que a primeira cidade pertence à UE e a segunda não, mas haveria que clarificar a Lei eleitoral, e não fazer o que o PP pretende que é fazer uma Lei especial pare este caso e esta pessoa(!!!).
Neste caso temos 3 tipos de valoração:
a monetária, dos custos inerentes, dos €uros... e que a mim me é indiferente por ser demagógica.
a legal, se tinha direito ou não tinha... e a que também sou indiferente porque apenas se trata de descodificar o ponto ou a vírgula que entrincheiram as partes
e a ética que a todos os republicanos diz respeito. Faz sentido um partido como o PS vir defender uma aproximação dos deputados com os eleitos, quando faz eleger Inês de Medeiros no círculo por Lisboa quando o poderia ter feito pela Emigração? Fazem sentido os círculos uninominais? Apesar de agora o PS não querer a revisão constitucional para transformar a política num código binário rudimentar, zero para a oposição, um para governo, e isto só porque P.P. Coelho o sugere? E quando se exige disciplina partidária?
São todas elas contradições de quem navega sem rumo, sem ideias que não seja a perpetuação do statu quo.
Os deputados defendem acima de tudo os interesses do país, mesmo que pareça contrário ao interesse particular de cada região. Os círculos são apenas a forma de combater o centralismo e aproximar eleitores de eleitos. Por isso é quase que indiferente o "onde" vivem os deputados, desde que se informem sobre a realidade do país e que se formem naquilo que o estrangeiro tem de melhor, acrescentando novas ideias, novos projectos, novos desafios. Assim, até podiam viver na China.
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