Why won't God heal amputees?
É uma pergunta na mouche dirigida a todos os crentes em divindades com algum poder de interferência nos assuntos mundanos, como por exemplo os cristãos. Se Deus faz tantos milagres, como salvar olhos de salpicos de óleo quente, curar paraplégicos e cegos e outras interferências na nossa saúde (sempre difíceis de comprovar), o que terá ele contra os amputados para não haver relatos de braços renascidos?
Eu como a-fada-dos-dentes-ista, ateísta e a-pai-natal-ista (por esta ordem) tenho alguma curiosidade em ouvir uma resposta teológica a esta pergunta fundamental.
13 comentários :
porque não existe ;-)
mas o Homem, esse vai no bom caminho:
http://www.cbsnews.com/stories/2008/03/22/sunday/main3960219.shtml
na realidade, se deus existisse, era um completo incompetente face a qualquer cientista minimamente capaz...
Por que deus não cura SIDA??
Não cura n doenças terriveis??
Pq não elimina os males do mundo ?
Podia-se ter perguntado ao papa que fala ao telefone com ele uma vez por semana...
Também estamos a falar de alguém com tecnologia de há milhares de anos. Se tivesse usado o 7º dia para pensar em problemas futuros se calhar havia mais milagres!
Além disso, se deus existisse os seus bufos aqui na terra seriam atingidos instantaneamente por um relâmpago assim que pensassem em cometer os crimes que têm cometido. E uma trovoadazinha devia estar ao seu alcance, Júpiter criava dessas sem problemas!
Estás enganado, incréu!! Deus fez crescer uma perna ao coxo de Calandra, no século XVII! Se não acreditas, pergunta ao padre da tua freguesia! :o)
Possível explicação - se Deus fizesse um milagre que não deixasse dúvidas sobre a sua existência, deixaria de ser necessário ter Fé para acreditar nele (ou "Nele"); se admitirmos que estamos na Terra para através da Fé nos redimirmos do pecado original, um milagre que tornasse a fé desnecessária levaria ao fracasso da experiência "expulsão do Éden".
Tem toda a razão o Miguel Madeira.
O Miguel Madeira não têm, obviamente, razão.
A biblia, tanto o antigo como o novo testamento, está pejada de intervenções directas de deus não havendo espaço para dúvidas.
Num livro do novo testamento, não me lembro qual, um perseguidor de cristãos, paulo, foi cegado por um anjo quando viajava na estrada e a partir desse momento, admiração, tornou-se um cristão ferrenho...
Por isso essa da fé é uma desculpa modernaça para justificar a inacção de um deus que não existe...
Eu não tenho paciência nenhuma para este tipo de discussões, até porque considero a fé uma questão individual. O que deve ser combatido é o proselitismo, é o querer impor a fé a todos.
Dito isto, o argumento de Wyrm não colhe. Para acreditar no Antigo ou no Novo Testamento é preciso... fé. Para acreditar no que se passa hoje, e no de que há registos credíveis, creio que não. Não são equiparáveis. Não é através de argumentos racionais, como os do Miguel, que alguém vai perder a fé. Por mim, tudo bem, desde que não me chateiem (e não ponham em causa a ciência que, essa sim, diz respeito a todos).
O meu argumento colhe pelo que está a ser afirmado.
O Migyuel Madeira diz que a justificação teológica para um deus não interventivo é que a Fé é a base da salvação.
Isso não tem qualquer base na biblia pois em quase todos os livros deus é uma entidade interventiva e tão real como o vento.
Como não há deus nenhum é evidente que precisam de justificar de alguma forma como é que um deus que enviava anjos à terra por tudo e por nada e até ajudava "o povo escolhido" em batalhas...
O que eu questionei e o filipe moura não percebeu é a desculpa da fé para um deus não interventivo.
É claro que o Miguel Madeira fez de advogado do diabo, pun intended, mas o argumento é fraco porque não há qualquer coisa na biblia que justifique a inacção de deus nos dias de hoje.
A fé e tal é mais uma desculpa para que a maior parte dos crentes continuem alegremente a acreditar em pais natal e fadas dos dentes...
O Wyrm tem razão: se uma prova inequívoca da existência de Deus tirasse aos crentes a "liberdade" de acreditar ou não (a liberdade da ignorância...), então Deus teria tirado essa liberdade a S. Paulo, a todos quantos teriam assistido aos milagres de Jesus, a todos quantos o teriam visto depois de morto, a todos quantos teriam tido aparições centenas de vezes desde a morte de Jesus. Ou se acredita num Deus injusto, ou argumento segundo o qual está certo que Deus não dê provas ineqívocas da sua existência não colhe.
E é claro que cada um tem direito à sua fé. Mas o proselitismo não me repugna por aí além, desde que não exista coerção, pois parece-me um refelxo do altruismo de querer evitar o erro alheio. Se eu acreditasse que alguém vai sofrer por toda a eternidade por não acreditar em X, seria prova de decência querer convencê-lo de que X é verdadeiro, como acreditaria que é.
Neste aspecto, a motivação de um ateu generoso será sempre menor. O engano daquele que crê em vão não lhe vai provocar o sofrimento eterno...
De uma forma ou de outra, não acredito que a sociedade tenha algo a perder por um debate aberto e sem tabus sobre estes assustos, em que cada parte esgrime os melhores argumentos que sabe e é capaz, e cada um toma as suas decisões com base naqueles que considera mais convincentes.
Livre troca de ideias é isso.
Esclareço que por "argumentos racionais como os do Miguel" (que mencionei no meu comentário anterior) queria referir-me aos argumentos do Miguel Carvalho (não que os do Miguel Madeira não sejam racionais).
Quanto ao resto, mantenho o que disse: não é com argumentos racionais que se vai influenciar a fé seja de quem for. A fé é, por definição, irracional. E é algo pessoal, algo que faz parte da liberdade de cada um (desde que não a queira impor aos outros). Pessoalmente (e aqui, repito, pessoalmente) não tenho o menor interesse neste tipo de debate. Por isso, se me dão licença, retiro-me...
«não é com argumentos racionais que se vai influenciar a fé seja de quem for.»
Discordo, e apresento a minha experiência pessoal como exemplo.
Estou convencido que foram argumentos racionais aqueles que me levaram da crença religiosa ao ateísmo.
«algo que faz parte da liberdade de cada um»
Sim, acredito na liberdade de crença seja do que for (não só religiosa) como um caso particular da liberdade de pensamento.
Também acredito que as pessoas não devem participar num debate contrariadas :p
Filipe,
já encontrei muitos crentes que defendem justamente que a fé é perfeitamente racional.
Enviar um comentário