A UE publica periodicamente uma lista de organizações terroristas, tal como publica uma lista negra de companhias aéreas que não respeitam regras básicas de segurança.
Seria lógico que as instituições financeiras, cujas actividades especulativas causam muito mais vítimas, desemprego e pobreza do que os grupos terroristas e os acidentes aéreos juntos, deveriam estar sujeitas a regras semelhantes. Uma lista negra de instituições financeiras, cujas actividades fossem interditadas na UE, poderia ser um bom começo para nos libertar de uma oligarquia financeira cujas actividades se enquadram mais na classificação de terrorismo do que propriamente na produção de bens ou prestação de serviços com beneficio para a sociedade. A Goldman Sachs e o Citigroup são dois bons exemplos de terrorismo financeiro recente na Grécia e na Bélgica, respectivamente.
Seria lógico que as instituições financeiras, cujas actividades especulativas causam muito mais vítimas, desemprego e pobreza do que os grupos terroristas e os acidentes aéreos juntos, deveriam estar sujeitas a regras semelhantes. Uma lista negra de instituições financeiras, cujas actividades fossem interditadas na UE, poderia ser um bom começo para nos libertar de uma oligarquia financeira cujas actividades se enquadram mais na classificação de terrorismo do que propriamente na produção de bens ou prestação de serviços com beneficio para a sociedade. A Goldman Sachs e o Citigroup são dois bons exemplos de terrorismo financeiro recente na Grécia e na Bélgica, respectivamente.
6 comentários :
Tens toda a razão. O maior poder da actualidade é justamente o que não é criticado nem tem contra-poder: as instituições financeiras (e a banca).
Hum... Eu discordo.
Creio que as agências de rating funcionam como os críticos de cinema. O poder que têm é o poder que os outros agentes voluntariamente lhes decidem dar.
Não são só as agências de rating, JV.
Mas, no que diz respeito às outras, parece-me que o necessário é mudar o quadro legal ou a aplicação da lei. Uma "lista negra" não tem efeito, parece-me.
Ainda que não tenha efeitos legais, pode ter efeitos públicos importantes. Muitos investidores, mesmo fundos de investimento podem decidir não trabalhar com as companhias que estejam numa lista como essa.
«Uma lista negra de instituições financeiras, cujas actividades fossem interditadas na UE»
«A Goldman Sachs e o Citigroup»
Ok, eu não sou nenhum fã destas instituições. Mas interditá-las?
Eu realmente li o texto apressadamente, e assumi que era uma mera lista negra de agências de rating aquilo que era proposto, em vez de ver o que realmente lá está escrito.
Desculpem o comentário apressado.
Para a próxima leio com mais atenção antes de comentar.
Quanto à proposta que lá está, parece-me algo radical e de efeitos imprevisíveis.
Se pudermos implementar medidas com esse grau de radicalismo, então creio que mais valiam medidas saudáveis e úteis, ao nível da obtenção de receitas e da estabilidade do sistema financeiro, como a taxa Tobin.
Esta interdição iria diminuir o investimento na UE, associando os fluxos financeiros neste mercado a um risco associado à arbitrariedade destas medidas.
Abitrariedade que passo a explicar: ou bem que a Goldman Sachs e o Citigroup (e outras análogas) violaram as leis actuais, e devem ser penalizadas em tribunal e não por via política; ou bem que não violaram e então temos de mudar as leis em vez de as penalizar por se terem aproveitado do quadro legal antigo, como qualquer empresa faz.
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