Nos funerais dos três primeiros meses de 2010, em Lisboa, as cremações foram mais numerosas do que os enterros.
segunda-feira, 3 de maio de 2010
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4 comentários :
Um aspecto curioso que noto nas opiniões de alguns amigos, apesar de terem uma postura bastante secularizada em relação ao que fazer ao seu cadáver quando morrerem (todos são bastante favoráveis à cremação) é o de se oporem visceralmente à doação do cadáver a faculdades de Medicina para fins pedagógicos. Isto são ainda formas de sacralização do corpo, ainda que não necessariamente ligadas a nenhum tipo de fé.
Importava também facilitar a doação de corpos para as faculdades de Medicina. As funerárias lá vão pondo obstáculos...
Para além de que me irrita solenemente o custo de oportunidade de que se socorrem os abutres das funerárias, que lentamente vão sendo absorvidas por monopólios de gatos pingados. Um funeral modesto com enterro é coisa para 7000 euros.
Numa altura em que se fala tanto da recuperação económica e da renovação das infraestruturas de utilidade pública, já se construía um tanatório público...
Um aspecto curioso que noto nas opiniões de alguns apesar de terem uma postura
têm medo de tar vivos e o defunto por vezes levanta-se
as cinzas não
é o medo do fogo como qwalqwer animal ó bestunto
só a fénix renasce das cinzas
qwweimado ainda com vida residual dentro
a guilhotina não dói mas os olhos mexem
todos são bastante favoráveis à cremação e ás mortes dos outros
todos se julgam virtualmente imortais
tá claro as gajas já se riam de mim qwando vivo agora a mexerem-me no.... do cadáver nas faculdades de Medicina para fins pedagógicos. Isto são ainda formas de pensar que o que está dentro do corpo vai para qualquer lado
sacralização do corpo,ó imbecil é qweimá-lo para vaporizar os pecados e permitir a ascensão
.
secularização da morte?! essa é boa. há uns meses assisti a um funeral que meteu antes missa católica. o corpo foi cremado no cemitério dos olivais.
Ricardo:
Acho que aqui o António tem razão: das duas cremações a que assisti, ambas foram antecedidas pelos rituais tradicionais de enterro (missa católica, etc..). Nem imaginava que houvesse qualquer associação entre cremação e secularização.
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