Os cidadãos esperam da República que lhes garanta o ensino, a saúde, o acesso à cultura e o apoio na pobreza ou na velhice. Tudo dispendioso, mas não luxuoso: são esses serviços públicos que nos separam da barbárie social.
Não precisam os cidadãos que o Estado registe as suas conversas telefónicas, as escute, os vigie na rua, os fiche ou os torture. Todavia, existem serviços do governo, o SIS e o SIED, dedicados a essas práticas bárbaras e inquisitoriais. Seria uma piada de mau gosto qualificá-los de «serviços públicos».
A semana passada, um candidato ao respectivo Conselho de Fiscalização declarou aos deputados, caso único, «aceitar» a violação da Constituição (concretamente do artigo que garante o sigilo da correspondência). Os deputados, que estranhamente se esqueceram de lhe perguntar se aceitaria que o escutassem a ele, à família e aos amigos (ou aos próprios deputados), elegeram-no. Por maioria de dois terços, mas com a curiosa oposição de muitos deputados da maioria PSD-PS-CDS.
Ao cortar há dias alguma gordura desses serviços, Passos Coelho, ao que consta, puniu exactamente aqueles que divulgaram as infracções cometidas pelos colegas. É também caso único: um departamento do Estado em que denunciar crimes origina despromoção ou despedimento.
Sendo clara a deriva totalitária destes serviços e a sua impunidade, o melhor mesmo seria extingui-los.
3 comentários :
os cidadãos abaixo dos 30 já nem 3 milhões são...a indústria farmacêutica nacional viu extintas as empresas de Lisboa e da linha de Coina
logo numa população envelhecida e cada vez mais mantida viva não por alteração do modo de vida
mas por via medicamentosa
queria que fossemos todos tratados como o Jorge Coelhone ou o Eusébio?
num país que tem de importar médicos e não tem força para os tirar do litoral?
e ainda pensa que aprende alguma coisa?
cê num tem capacidade de análise...
um puto de 30 anos na ETV fez uma análise desapaixonada e magistral de Portugal em 7 minutos
era de mais gente desta que o país precisa
infelizmente só tem pessoas medrosas agarradas ao passado
parecem os velhotes da RDA e da Hungry ahhhh em 91...
Os checos eram os mais optimistas
(engenheiros com 70 e 75 anos sairam da reforma e voltaram a trabalhar
médicos velhotes davam consultas em estaleiros de obras
o problema nos povos é A mentalidade colectiva (ou falta dela)
portucale num tem cultura social
é tudo Alves dos Reis
Não percebo qual é a relação do seu comentário com o conteúdo do posto. Mas a falha deve ser minha, como é evidente.
ó Homem tive desde as 2h30 minutos até agora na sucata...são 12 horas e tal de trabalho a mexer in lixo blogosférico (computs impressoras )
e afins (latas de alumínio que boçês bebem nos intervalos)
mas mim expilica
Os cidadãos esperam da República
(esperam é o síndroma da creança carente e da república paternalista que abusa do menor...
que lhes garanta o ensino, a saúde, o acesso à cultura e o apoio na pobreza ou na velhice. Tudo dispendioso, mas não luxuoso: são esses serviços públicos que nos separam da barbárie social....ou seja 900 anos de Portugal ou de qualquer outro país foram barbárie?
Pois percebi o ponto de vista perfeitamente
Um gajo que é hoje doutor em economia y que tinha uma bolsa de estudo de 30 contos (e um carrinho que bebia isso nuns fins de semana) também dizia dessas
Eu hei-de repor tudo com os meus impostos (infelizmente eles e os restantes trabalham todos para o estado
Resumindo: pagam 40% para poderem receber 140% (100% em salário reforma mais 40% em subsídios vários...não dá
só se imprimirmos toneladas de notas como o Zimbabué
infelizmente só produzimos o papel as tintas e o metal das chapas tem de vir de fora
e as energia eléctrica
as impressoras já cá estão (devem durar até 2020)
ainda não ?
paciência
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