Santos Pereira não anunciou apenas que o 5 de Outubro deixará de ser feriado. Anunciou também que o 10 de Junho é mantido «para que se reforce o orgulho de ser português». O conceito é absurdo. Faz sentido ter orgulho em trabalhar, em cumprir deveres, em esforçar-se e em ter resultados. Mas não há mérito algum em ser português por nascimento, como também não há mérito em ser alto, de olhos verdes ou filho de pais ricos. Ter «orgulho» em ser português é ter orgulho em algo para que não se trabalhou.
O 10 de Junho é o mais artificial dos feriados nacionais: é principalmente uma criação do Estado Novo, que em tempos serviu para exaltar a «raça» e até (a partir de 1963) a guerra colonial. Mantê-lo quando se elimina o 5 de Outubro e aumentar a sua importância é introduzir uma deriva salazarista na cultura política do Estado português.
18 comentários :
Eu pensava que o «10 de Junho» era uma invenção dos Republicanos ali pelo centenário do Luís de Camões... A história da «raça» é só um aproveitamento. (A não ser que estejam a dizer, e bem, que os republicanos não eram propriamente flor que se cheirasse, e que se resumiam a uma cambada de direitosos «diferentes».)
Como vê, estava enganado. O 10 de Junho tornou-se feriado nacional («Festa de Portugal») em 1929. Ditadura Militar, portanto.
ó filha se nã há orgulho em ser português mais avalia ser espanhol como disse um reformado de 58 anos na tv qq coisa...atão praqué que servia o 1ºde Dezembro monárquico
10 de Junho tornou-se dia dos emigrantes (con munidades putoguesas algures quando precisávamos das remessas pra nã ter de pedir ao FMI mais
ficava mal tirar aos emigrantes o único dia que lhes deram em 900 anos
claro que o 1ºde Dezembro deve ser lembrado se fossemos espanhóis teríamos o dobro do subsídio dos desempregados sem recursos (RSucialldinserçõn)mas
tinhamos também 23% de desempregados
se calhar mais porque eramos andaluzes até Lisboa..os de cima eram galegos
como disse uma doméstica Teresa Rebelo de 60 anos algures de Faro é uma falsa questão isso dos
feriados
não faz sentido os putos não irem há escola nos dias que deveriam lembrar o significado...
lá tamém estava uma historiadora a dizer alarvidades sobre o salazarismo nã ter acabado com o 5 de Outubro
(quando um historiador não percebe que o salazarento jogou com os republicanos e os monárquicos e se teve lixando para todos pois ex-monárquico nunca se lembrou de refazer a monarquia como Franco e o parlamentarismo monárquico pouco era para ele ..tirando João Franco
(a outra figura que tinha a mesma visão de Portugal)
resumindo quero o 31 de Janeiro e o 24 de Julho como feriado nazionale...e já agora o 26 de Maio
(porque se chamarmos aquilo ditadura militar então também são ditaduras a de Sidónio e a de Afonso Costa que matou mais gente pelas balas da GNR..do que os outros todos juntos
Já agora o 16 de Setembro que só ter um poeta com feriado nacional é pouco
Nã o gaijo deve ser é um sodomitaJan 27, 2012 10:04 AM
Pai de Família disse...
Com tanto feriado anti-português, dias em que os traidores comemoram a decadência da Nação, todos muito bons para serem eliminados, é logo no Dia da Restauração, o 1.º de Dezembro, que vão mexer.
Percebe-se, com certeza, porquê.
Estes que lá estão não são melhores nem piores que os outros: é tudo a mesma coisa.
Uma no cravo, outra na ferradura: acaba-se, em tardia mas ainda assim boa hora, com o vergonhoso 5 de Outubro - comemoração do assassinato de pessoas honradas e de um próprio país - para, aparentemente, calar os patriotas. Com a outra mão, apagam um dos dias mais gloriósos da nossa História-Pátria.
Toda a agenda destruidora dos maiores e mais sagrados Valores está em marcha, com resultados muito satisfatórios para os traidores. É do melhor, o que tem sido feito por este país outrora digno: homicídio/aborto legal e a pedido, emparelhamento de sodomitas, imigração desregrada e selvagem, promoção do vício através do tratamento de depravações que são consideradas doenças, diminuição acentuada da autoridade das Polícias, etc.
Antigamente, havia medo e respeito, havia dignidade e valorizava-se a Vida, a Família e os Valores.
Hoje: o contrário! Promove-se o aberrante e o doentio como normal e desejável, em nome de uma proclamada "modernidade" que mais não é do que uma verdadeira idade das trevas.
Sex Jan 27, 02:30:00 PM
Blogger pling a lot disse...
Merda a Associação Ateísta também tem sindicalistas da CGTP
Ou diz-se comissão de utentes do ateísmo português?
Sex Jan 27, 05:59:00 PM
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Blogger pling a lot disse...
Pai de Família Monárquico disse...
Com tanto feriado anti-português, dias em que os traidores comemoram a decadência da Nação, todos muito bons para serem eliminados, é logo no Dia da Restauração, o 1.º de Dezembro, que vão mexer....olha quisto do ateísmo tar cheio de nacional-socialistas dá maus resultados.
Sex Jan 27, 06:00:00 PM
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Blogger pling a lot disse...
e a pedido, emparelhamento de sodomitas, imigração desregrada e selvagem,para Angola e para o Brasil (felizmente mandaram 19 de volta) olha se a suiça nos manda os sodomitas de volta tamos tramados
é a maçonaria é a cgtp é o cavaco é o Mário soares tudo a sodomizar-nos e ainda aí vêm reforços....
o dia de sodoma e gomorra é feriado ?
isto é pra provar que nã faço dúxias de comentários aqui...
há blogues mais interessantes...e raramente tenho dúvidas apesar de não saber escrever nem ler...
faço 6 a 18 comentários ao dia com as flexões (excepção pró 31 da Invencível Desarmada de Betão)
não esquecer petição para o 31 de Janeiro e o 28 de Fevereiro
(não sei o que aconteceu a 28 mas havia aqui duas ruelas com esse nome logo deve ser um bom dia (melhor que o 29 que só vem de 4 em 4 anos...o que também é um bom motivo para ser feriado..
Cerca de 953.000 resultados (0,20 segundos) para pling a lot...
e nem 150 mil são do esquerda republicana até pdf's tenho...
por falar nisso devia ter um feriado
e calha bem faço anos a 24 de Julho
3º comentariola do dia....nada de novo debaixo do sol...
orgulho de ser português também foi a bandeira do Soaristão ao Cavaquistão
e do Socratistão nem se fala
mesmo na dia mais escuro
em tempo de servidão
ser português do mais puro
deu-nos sempre muita tesão...
deu-nos sempre muito mação
ficava mal....
afinal
maçon é banal
esquizofrenia especial
são todas
são modas
ó nota de quinhentolas falsa
que calça
os reis
O 10 de Junho começou a ser feriado em Portugal em 1924, na I República. As comemorações demoravam uma semana e foram designadas "Festa da Raça".
Só depois, já na II República, é que a "Festa da Raça" passou a ser comemorada apenas no dia 10 de junho passando então a ser disignada por "Dia da Raça".
Silva, está enganado.
O 10 de Junho foi «Festa Nacional» (que não é o mesmo que feriado) a partir de 1925. Em 1929 é que passou a feriado nacional, ainda com o nome de «Festa Nacional/Festa de Luís de Camões». Passou a «Festa da Raça» em 1944, na inauguração do Estádio Nacional. A partir de 1963, passou a ser também uma homenagem às Forças Armadas.
«A 12 de Outubro de 1910, uma semana após a revolução republicana, o Governo Provisório aprovou os cinco novos feriados oficiais da República: Fraternidade Universal (1 de Janeiro), Precursores e Mártires da República (31 de Janeiro), Heróis da República (5 de Outubro), Autonomia da Pátria Portuguesa (1 de Dezembro) e Família (25 de Dezembro), acrescentando-se em 1 de Maio de 1912 um sexto feriado, o do Descobrimento do Brasil (3 de Maio), conforme convicção corrente de ter sido o dia da chegada da armada de Pedro Álvares Cabral.
Este calendário perdurou até 29 de Julho de 1929, momento em que o Governo de Artur Ivens Ferraz, dissipando dúvidas sobre os feriados oficiais, considerou manter esses seis – o 1 de Dezembro passou a evocar a Restauração da Independência em vez da anterior Autonomia da Pátria Portuguesa – e juntou um sétimo feriado, a Festa de Portugal (10 de Junho) que, desde a lei nº 1783, de 25 de Maio de 1925, era já oficialmente considerado um dia de festa nacional em honra de Luís de Camões, até então evocado, anualmente, a partir de 1911, pela Câmara Municipal de Lisboa, numa concorrência laica com as festas de Santo António, a 13 de Junho.»
http://lagosdarepublica.wikidot.com/religiao-civica-na-i-republica-portuguesa
Caro RA
O termo "Festa da Raça" foi cunhado na primeira república e correspondia a uma semana de festividades em torno do 10 de junho. Não consigo confirmar-lhe se o dia propriamente dito era feriado, ou não.
Na II República "Festa da Raça" passou a "Dia da Raça", reduzindo-se as festividades de uma semana para 1 dia.
Caro Silva,
leia o texto de Ernesto Castro Leal que lhe recomendei anteriormente.
Está lá explicado.
http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/9009.pdf
A festa decidida em 1925 era a «Festa Nacional». Não era a «Festa da Raça». O 10 de Junho só passou a «Dia da Raça» em 1944.
Outra fonte que diz o mesmo:
«Após a Implantação da República, a 5 de Outubro de 1910, foram desenvolvidos trabalhos legislativos, e logo em 12 de Outubro saiu um decreto que estipulou os feriados nacionais. Este dava aos municípios e concelhos a possibilidade de escolherem um dia do ano que representasse as suas festas tradicionais e municipais. Lisboa escolheu para feriado municipal este dia, em honra de Camões uma vez que a data é apontada como sendo a da morte do poeta, em 1580.
Como o 10 de Junho “fica muito próximo da festa religiosa que é o 13 de Junho, ou seja, o dia de Santo António, essa sim tradicionalmente feita e realizada em Lisboa”. Conceição Meireles, professora de História Contemporânea da Faculdade de Letras do Porto, refere que, com essa proximidade de datas, “os Republicanos tentaram de certa forma esbater o 13 de Junho, Dia de Santo António, em favor do 10 de Junho, Dia de Camões”.
“O 10 de Junho começou a ser particularmente exaltado com o Estado Novo”, um regime instituído em Portugal em 1933, sob a direcção de António de Oliveira Salazar. É nesta altura que o dia de Camões passa a ser festejado a nível nacional e não municipal.
Camões representava justamente o génio da pátria, representava Portugal na sua dimensão mais esplendorosa e mais genial.
Durante a Ditadura do Estado Novo, o 10 de Junho passou a ser festejado a nível nacional como o Dia de Camões, de Portugal e da Raça.»
http://jornaljanelaaberta.webnode.pt/news/a10%20de%20junho%20-%20dia%20de%20portugal,%20de%20cam%C3%B5es%20e%20das%20comunidades%20portuguesas/
Caro RA,
Leia as partes seguintes da proposta do Governo aprovada no dia 3 de junho de 1924 na Câmara dos Deputados:
“
(…)
A proclamação da República, a nossa entrada na guerra, as façanhas heróicas dos nossos aviadores, vieram acordar o povo português da sua «apagada e vil tristeza», É uma das conseqüências dessa bem visível ressurreição, cada vez mais acentuada, é, sem dúvida, o pedido da comissão executiva da grande comissão nacional de homenagem a Camões solicitando que o próximo dia 10 de Junho seja consagrado não só à comemoração do grande épico, mas ainda à celebração da Festa da Raça Portuguesa.
(…)
Ao patriotismo do Govêrno não podia ser indiferente tal solicitação. Camões é, na verdade, a máxima expressão espiritual da Raça, no seu aspecto lírico e épico, no seu génio audacioso, universal e na compreensão veemente que a sua obra e a sua vida denunciam da expansão marítima da Pátria.
Nenhum outro nome como o de Camões poderia apadrinhar com tanta propriedade a Festa da Raça. Êle é o cantor e o evocador da antiga e da nova Lusitânia—da Lusitânia que batalhou para alargar o seu território continental e da Lusitânia que através do Oceano, nas suas naus destemidas, lançou o germe fecundo doutras Lusitânias distantes, mas irmanadas no mesmo credo nacional.
Tudo quanto a nossa raça contém de fôrça, de espírito idealista, de tenacidade inquebrantável, vibra e sonho nos versos de Camões. Os Luziadas são uma lição eternamente actual para todos os portugueses.
É em volta dêsse poema imortal que a Festa da Raça se vai realizar. Toda a nação, da metrópole às colónias mais longínquas, comungará na mesma fé sincera e ardente, relembrando e comemorando a glória de Luís de Camões, que é a suprema glória da Raça e Pátria.
Certo de interpretar o desejo unânime dos cidadãos portugueses, o Govêrno tem a honra de apresentar a seguinte proposta de lei:
Artigo 1.° E considerada nacional a Festa de Portugal, que se celebrará no dia 10 de. Junho de cada ano.
§ 1.° E encarregada da organização desta festa uma comissão nomeada anualmente pelo Govêrno.
§ 2.° (transitório). No presente ano são conferidas as atribuições do parágrafo anterior à comissão encarregada da consagração nacional de Luís de Camões.
Art. 2.° Fica revogada a legislação em contrário.
“
festa da raça lusitana...1926...10 de Junho exposição colonial da guiné (bissau) dia 10 de Junho
(ainda não havia mancarra)
o bombista da Luar ex-companheiro e pai dos filhos da senhora doutoura endocrinologista Isabel do CArmo tem umas revistas militares dos anos 20 com anúncios da época que pretendia que a sua ONG digitalizasse
para um arquivo colonial...
é sair do marquês de Pombal na direcção do rato a ong fica num 3ºandar..
diz lá de facto festa da raça e a revista é de Maio Junho de 1925...
o gajo comprou-a no armazém de export-import ao lado da polícia
daquele larguinho por trás do marquês de pombal-em 1998 se bem me lembro...
Silva,
a sua última intervenção contradiz a sua primeira intervenção em dois pontos.
1) Prova que o 10 de Junho não foi feriado nacional a partir de 1924.
2) Prova que a «Festa» proclamada em 1924 não se chamava «Festa da Raça».
Portanto, o Silva refutou-se a si próprio.
Ricardo,
Por acaso parece que o próprio decreto se refuta a si próprio. Tanto chamam «festa da raça» como «festa de Portugal» ao dia, se bem que fora do preâmbulo designem o dia como «festa de Portugal», pelo que imagino que fosse essa segunda a designação oficial.
Mas lá que cria alguma confusão, cria. A palavra raça era efectivamente usada de forma muito diferente.
Sim.
Fora do preâmbulo é «Festa de Portugal». E o próprio preâmbulo foi aqui citado sem menção de fonte, e com cortes. Portanto é difícil saber o que dizia integralmente.
Caro RA
Tem razão no que respeita ao feriado, claro. Quanto à data, como reparou, foi citada de memória no primeiro comentário e corrigida no segundo.
Depois parece-me que o JV tem razão quanto à confusão gerada com a designação comum da "festa". Ao tempo passou-se o mesmo.
Quanto à fonte, a citação é retirada da ata dos diários da câmara dos depudados da data referida.
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