segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Juntar as peças na EDP

Comecemos por esta notícia do Público:

«A China Three Gorges vai entrar com 21,5% numa EDP com estatutos feitos à sua medida, que irão ser votados pelos accionistas no próximo mês.[...]

Já o responsável máximo do conselho passa a ser Eduardo Catroga. O antigo ministro das Finanças, que já era vogal desde 2006, passará a estar acompanhado por outro ex-ministro das Finanças de Cavaco Silva, Braga de Macedo. Com este entra também Celeste Cardona, ex-ministra da Justiça e antiga deputada do CDS-PP. O empresário Ilídio Pinho e Paulo Teixeira Pinto, ex-presidente executivo do BCP, são outros estreantes no conselho geral e de supervisão da EDP. »

Atentemos neste comentário, publicado no Jornal de Negócios:

«As nomeações para a EDP são um mimo. Catroga, Cardona, Teixeira Pinto, Rocha Vieira, Braga de Macedo... isto não é uma lista de órgãos societários, é a lista de agradecimentos de Passos Coelho. O impudor é tão óbvio nas nomeações políticas que nem se repara que até o antigo patrão de Passos, Ilídio Pinho, foi contratado.»

E não nos esqueçamos do comunicado da TIAC a respeito da EDP:

«"O Governo prometeu toda a transparência nos processos de privatização, mas o facto é que ninguém sabe o que se está a passar nestas negociações que vão entregar a investidores estrangeiros um monopólio natural que é um dos maiores empregadores do nosso país e cujo trabalho tem um impacto gigantesco na vida das famílias e das empresas portuguesas", diz o presidente da TIAC, Luís de Sousa.

Para a TIAC, a nomeação de uma comissão especial de acompanhamento à privatização da EDP, feita já na fase final do processo, não dá quaisquer garantias de escrutínio público. "Trata-se de uma comissão nomeada arbitrariamente pelo próprio Governo ao arrepio das recomendações da TIAC e que nunca produziu qualquer parecer público em relação a um processo que está já praticamente concluído"[...]

O documento pode ser consultado no site da TIAC. "Tudo indica que o método opaco de consulta do mercado e de negociação utilizado no caso da EDP será o modelo a aplicar às demais privatizações que se seguem. Isso é uma machadada grave na confiança que o Governo pediu ao país. O primeiro-ministro tem apelado à compreensão dos portugueses para os sacrifícios que estão a ser impostos, mas não pode contar com a apatia dos cidadãos quando decide fazer negócios de milhares de milhões de euros pela calada", diz Luís de Sousa.»

Esta negociata cheira a esturro.

1 comentário :

Jagganatha disse...

ó filho filia-te na maçonaria ou no grupo de sueca do neto do soares que tamém ganhas alguma coisinha....

ou do sampaio (ou filhos e sobrinhos) ou do al meida santos que tem um lobby pra derrubar as duas pontes

ou o lobby do nuclear qué assis como o lobby da oliva despuertos mas mai fraquinho

não te mexes só te queixas dos lobbys dos outros

e se cheira a esturro vai cozinhar tu e nã obrigues a garina a fazer tudo ó grande chulo