À esquerda na fotografia: não à esquerda em política. O dito senhor parece apostado em tudo para entrar num governo de coligação alargada com o seu amigo de juventude, parceiro de jantaradas e homólogo jotinha (o da direita), e arrastar para lá o partido que tristemente lidera. A sua "oposição" é a coisa mais patética que temos visto em Portugal: se queremos oposição vinda do PS, temos que contar com deputadas independentes. E agora temos este triste "acordo" de concertação social, que consagra a mais grave recessão social em décadas. Como bem nota o Pedro Viana, "é óbvio que João Proença, militante do PS, e a UGT, só se atreveriam a assinar este acordo se os dirigentes do PS lhes tivessem previamente assegurado que iriam efectivamente ficar calados perante a maior desregulação das relações laborais desde o 25 de Abril." Será que o PS quer ser mesmo oposição? Para onde vais, PS?
"Uma escuta aqui, uma escuta ali"
Há 18 minutos
5 comentários :
a ironia, no meio disto tudo, é lembrar as vozes que diziam que agora sim, com AJS a nova direcção do PS estaria mais "à esquerda" (supostamente ao contrário da anterior)... que diziam, nas eleições internas, que assis estaria mais na "ala central/direita" do PS... especialmente quando era por demais evidente que não era esse nenhum dos casos! quanto à deputada independente, vale a pena recordar quem a escolheu pessoalmente para a lista de lisboa, e vale também a pena recordar com que "ala" se identificam os restantes deputados do PS que apoiaram a sua iniciativa.
Filipe,
estás a falar da UGT que não teve qualquer problema em marcar uma greve geral conjunta contra o governo do PS?
Ainda achas que a UGT precisa do acordo do PS para assinar seja o que for? É que dada o confronto que foi a greve geral, é absurdo comparar isso com esta assinaturazeca.
Por outro lado acompanho-te na crítica (se bem que o sr ainda está à esquerda do Passos Coelho). E não precisavas de inventar uma tramoia, há uma coisa grave esta semana: a direção do PS discordar do envio do OE para o TC.
a maior desregulação das relações laborais desde o 25 de Abril
As relações laborais não ficam desreguladas, ficam é reguladas de uma forma diferente da que o Filipe gostaria...
miguel, deixa-me apenas lembrar-te de quem joão proença foi um fiel e entusiasta apoiante nas eleições internas do PS...
Já ninguém olha para a CGTP como correia de transmissão do PCP, quanto mais olhar para a UGT como correia de transmissão do PS...
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