Estamos em crise económica há muito, entramos mais agora na crise social, e há serviços do Estado (daqueles a que nenhum governo quer «cortar a gordura») que se preocupam em produzir pseudo-relatórios sobre a necessidade de «vigiar» e «controlar» a perigosa populaça. Mais: insinuam já estarem a «infiltrar» movimentos sociais de protesto, sabe-se lá se com o objectivo de apenas espiar, ou senão acicatar os mais violentos para depois os prender, ou finalmente cometerem crimes eles próprios e culpar os outros.
Eu sei, temos que confiar nos serviços de segurança e tal. Mas, caros senhores, a PSP é conhecida por casos de brutalidade e desprezo pelos direitos dos cidadãos. E o SIS conta pelo menos um traficante de armas, entre outros criminosos seriais dedicados, no mínimo, a vigiar cidadãos inocentes. Até já veio nos jornais e tudo. Se querem realmente «prevenir» o crime, não deveriam vigiar-se a vós próprios, começando pelos vossos chefes?
(Razão tem aqui o PCP, que pediu para ler o relatório. Eu também gostaria de o ler, porque isto de os relatórios serem «secretos» e ao mesmo tempo usados para alarmar a opinião pública é divertido, mas também inquietante.)
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