Segundo o Público, Passos Coelho prepara-se para garantir que o segundo inquérito aos «informaçõezinhas» seja tão inconclusivo como o primeiro. Poderá mesmo impedir os deputados, todavia representantes dos cidadãos, de acederem às conclusões do inquérito. E um ilustre constitucionalista, Bacelar Gouveia de seu nome, defende até que é crime divulgar os crimes dos serviços do Estado. O mesmo Bacelar Gouveia que já chefiou a pseudo-fiscalização dos SIS/SIED, que se percebe agora que ou é incompetente (para os ingénuos), ou conivente com os crimes do Estado (para quem vai abrindo os olhos).
Entretanto, soube-se também que o pide Silva Carvalho jurou em tribunal, em Novembro de 2010, que os «informaçõezinhas» não faziam aquilo que ele fizera ao jornalista Nuno Simas apenas três meses antes. E como a Optimus garante não ter fornecido os dados, ou alguém dessa empresa foi corrompido, ou o Estado também espiou uma empresa.
Se o inquérito da Procuradoria não resultar numa condenação efectiva, e se se confirmar que também o poder judicial é conivente com os crimes do Estado, não se queixem se os cidadãos de bem não vierem um dia a tratar a escumalha do SIS e do SIED como trataram os seus antecessores. Há revoltas que são inevitáveis, quando se vê a democracia e o Estado de Direito a serem destruídos por aqueles que fingem defendê-la.
1 comentário :
Se ainda formos a tempo. Eu acho que os oligarcas que mandam nos políticos nunca tiveram tanto poder, nem no tempo do império bizantino. As revoltas - na Grécia ou em Inglaterra - podem ser reprimidas, mesmo que seja preciso entregar um ou dois bodes expiatórios á populaça.
Enviar um comentário