Hoje, vota-se na Tunísia. A não perder, os posts de Ana Gomes, observadora nas mesas de voto, em directo no Causa Nossa. Para já, sabe-se que em muitas secções de voto tem havido pressões para que homens e mulheres façam filas separadas. E a afluência é enorme, como se pode ver no vídeo que se segue. Aconteça o que acontecer, é a primeira vez que as eleições num país árabe vão realmente mudar alguma coisa. E isso é histórico.
domingo, 23 de outubro de 2011
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4 comentários :
em muitas secções de voto tem havido pressões para que homens e mulheres façam filas separadas
Como sempre quando se fala de países árabes ou muçulmanos, só se vê o lado mau.
Não se refere que, como a Ana Gomes ontem disse no telejornal, o partido islamita, provável vencedor das eleições, tem nas listas metade de mulheres, e que, provavelmente, o parlamento tunisino agora eleito terá uma percentagem de mulheres muito superior à do parlamento português.
Os islamistas têm metade de mulheres nas listas porque a lei a tal obriga: estas eleições foram disputadas com uma lei de quotas que obriga a 50% de mulheres nas listas.
estas eleições foram disputadas com uma lei de quotas que obriga a 50% de mulheres nas listas
Pois valeria a pena ter anunciado isto logo no post. Constata-se que, afinal, o país árabe está mais avançado em matéria de participação política das mulheres do que o país europeu.
Sou contra as quotas, por isso não considero que seja sinal de «avanço» ter, à força (sublinhe-se), metade de mulheres nas listas.
E para voltar ao seu comentário inicial: os islamistas tinham duas mulheres cabeças de lista (em 33 círculos eleitorais). A mais laicista das forças políticas (o PDM) tinha dezasseis.
Tendo em conta o resultado das eleições, duvido que as quotas ainda existam da próxima vez...
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