As consequências económicas são imediatas para a economia com a paragem por tempo indeterminado dos 6 reactores de Fukushima Daiichi que representam cerca de 10% dos reactores nucleares do país. A longo prazo muito certamente os reactores 1, 2 e 3 ficarão irremediavelmente inutilizados e os custos da reparação da central ascenderão facilmente a milhares de milhões de euros. Se houve alguma economia na produção de energia nuclear (nem todos os programas nucleares civis são rentáveis, ao contrário do que se pensa), esta será largamente suplantada pelos custos de reparação, tal como aconteceu em Three Mile Island, em Sellafield, em Forsmark e obviamente em Chernobyl.
Os riscos para trabalhadores e população serão piores do que Three Mile Island (acidente de nível 4) mas certamente bem menos graves que Chernobyl (nível 7), mesmo que haja uma explosão da cúpula de confinamento dos reactores (e não do edifício como já ocorreu) causada pela operação de arrefecimento. As fissuras e as brechas de 8 metros detectadas nos confinamentos de dois reactores estão a deixar escapar radiação altamente perigosa para as imediações e o incêndio ocorrido na piscina de arrefecimento do reactor 4 lançou uma nuvem radioactiva para a atmosfera durante duas horas. Não é de excluir que estes problemas se possam agravar e estender à piscina do reactor 5 que continua a aquecer e a perder água. Se houver fusão do combustível nuclear é provável que a parte inferior do confinamento de segurança do reactor possa ceder com a consequente contaminação dos solos. O incêndio nas piscinas também poderá contaminar o solo envolvente. Comparando com Chernobyl e o acidente de Palomares (B52 que se despenhou com 4 bombas nucleares) onde houve contaminação radioactiva dos solos é de esperar a criação de uma área interdita à população de alguns quilómetros quadrados durante mais de 50 anos.
Os riscos para trabalhadores e população serão piores do que Three Mile Island (acidente de nível 4) mas certamente bem menos graves que Chernobyl (nível 7), mesmo que haja uma explosão da cúpula de confinamento dos reactores (e não do edifício como já ocorreu) causada pela operação de arrefecimento. As fissuras e as brechas de 8 metros detectadas nos confinamentos de dois reactores estão a deixar escapar radiação altamente perigosa para as imediações e o incêndio ocorrido na piscina de arrefecimento do reactor 4 lançou uma nuvem radioactiva para a atmosfera durante duas horas. Não é de excluir que estes problemas se possam agravar e estender à piscina do reactor 5 que continua a aquecer e a perder água. Se houver fusão do combustível nuclear é provável que a parte inferior do confinamento de segurança do reactor possa ceder com a consequente contaminação dos solos. O incêndio nas piscinas também poderá contaminar o solo envolvente. Comparando com Chernobyl e o acidente de Palomares (B52 que se despenhou com 4 bombas nucleares) onde houve contaminação radioactiva dos solos é de esperar a criação de uma área interdita à população de alguns quilómetros quadrados durante mais de 50 anos.
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