sexta-feira, 11 de março de 2011
É claro que vou à manif
Vou à manifestação porque é preciso dizer bem alto que a precariedade não é a solução. Qual é “a” solução? Eu tenho as minhas opiniões; provavelmente outros manifestantes terão outras. Participei nas manifestações contra a PGA e provavelmente não estaria de acordo com toda a gente que se manifestou comigo sobre acesso ao ensino superior. Idem nas propinas e sobre o financiamento do ensino superior. Ou contra a guerra no Iraque e sobre política internacional. Quem acha que os manifestantes devem propor soluções concretas não percebe o que é o “direito à indignação” e provavelmente nunca deve ter participado numa manifestação. Soluções concretas devem ser discutidas quando se discute política, principalmente (mas não só) nas campanhas eleitorais. Esta manifestação não serve para mais nada – nem deixemos que lhe dêem outros aproveitamentos políticos: serve somente para dizer que a precariedade para toda a vida não é uma solução aceitável.
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3 comentários :
De acordo com o essencial deste post. ;)
Filipe, em todas as manifestações que referes, apesar de nem sempre haver propostas concretas eram contra políticas concretas. E geralmente era claro qual seria a alternativa, mesmo quando não explícita.
Hoje, nem é uma manifestação contra uma política específica. Prova disso é haver deputados do PCP ao CDS presentes.
é uma manif de desagravo
porque não
é como as procissões para pedir chuva
eu ia mas é em Lisboa, se fosse em dia de greve da CP ia de certezinha
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