Não tenho pachorra para a conversa da independência da Madeira. Nem na versão continental («estamos fartos de aturar o Jardim e pagar-lhe os havanos»), nem na versão madeirense («se não nos dão mais dinheiro, então aparecem mais umas bandeiritas da FLAMA»). Porém, perante a má gestão da Região Autónoma cada vez estou mais convencido de que se deveria discutir seriamente, isso sim, o fim da autonomia madeirense. Para representação política democrática bastam a República e os municípios. (Os Açores, enquanto forem geridos com um mínimo de decência, são outro assunto.)
sábado, 24 de setembro de 2011
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5 comentários :
A versão continental pode ter outros contornos, tais como «se querem a independência, força nisso, amanhem-se sozinhos».
Os Açores, enquanto forem geridos com um mínimo de decência, são outro assunto.
Os Açores são sempre outro assunto. Independentemente da decência com que sejam ou não geridos, os Açores sempre tiveram uma estreita relação com Portugal, com a sua cultura e com a sua política. Ao contrário da Madeira, que em geral não passou de uma colónia, ao longo da sua história. Note-se o relativamente grande número de políticos e figuras da cultura portuguesas que eram açorianos. Não há qualquer comparação possível com a Madeira.
o fim da autonomia madeirense
Isso é um disparate que não faz qualquer sentido.
A Madeira é um universo à parte que, necessariamente, tem que ser gerido de forma autónoma.
Não faz qualquer sentido gerir a realidade madeirense a partir de Lisboa.
Pode é tornar-se a Madeira independente. Isso, sim. Agora, enquanto fôr portuguesa, só pode ser gerida de forma autónoma.
Autonomia é nos dois sentidos. Esta semi-autonomia em que o Contenénte manda o dinheiro que a Medéra quiser, após ter ter recolhido na íntegra os impostos locais näo é nada.
E além de ser nada, é mal gerida. É tempo de tirar o tapete ao soba, antes que sejam os alemäes a fazê-lo.
E tenho de dar ao Luís Lavoura toda a razäo!!! Acertou na mosca a 300%!!!
Luís Lavoura,
a Madeira foi tão colónia como os Açores. Não é uma realidade mais estranha ao continente por haver menos políticos ou escritores de origem madeirense.
A questão fundamental aqui é que é mal gerida, apesar de ter um conjunto de privilégios fiscais e de beneficiar de transferências financeiras da República.
Por mim, não merecem a autonomia.
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