O Anselmo Borges escreve hoje que «a Igreja lidou mal com o problema [dos feriados], ao situar-se no plano de reivindicação perante o Estado: dois feriados religiosos face a dois civis. No quadro de boas relações mútuas, a Igreja não pode nem deve colocar-se no plano da igualdade com o Estado». Só posso concordar. E assim se prova que até um padre pode ser politicamente não clerical. Também acompanho quando a seguir defende a manutenção dos feriados do natal e da páscoa citando razões que ultrapassam a religião. Já tenho que protestar quando afirma que «a Imaculada Conceição é a Padroeira e lembra as mães». Será assim, respectivamente, para monárquicos e católicos.
Em 1646, o rei João IV proclamou que a «Senhora da Conceição» dos católicos seria padroeira do reino de Portugal. Do reino, note-se. A República não tem padroeira. E em 1854 (a 8 de dezembro), o papa Pio 9º definiu o celebérrimo «dogma da imaculada concepção de Maria», segundo o qual a mãe do Cristo fora «gerada sem pecado» (os avós do Cristo não copularam, de acordo com o papa); e mais, mantivera-se «santa» toda a vida, o que na definição da igreja dos católicos inclui a abstenção de vários prazeres mundanos dos quais as mulheres portuguesas (incluindo as mães), que eu saiba, não se abstém. É certo que a ICAR acha que mesmo não se abstendo do prazer carnal as mulheres deveriam colocar-se como ideal não ter prazer. Mas a verdade é que não se colocam esse ideal, que eu saiba. E ainda bem. Para elas e para os homens.
Em 1646, o rei João IV proclamou que a «Senhora da Conceição» dos católicos seria padroeira do reino de Portugal. Do reino, note-se. A República não tem padroeira. E em 1854 (a 8 de dezembro), o papa Pio 9º definiu o celebérrimo «dogma da imaculada concepção de Maria», segundo o qual a mãe do Cristo fora «gerada sem pecado» (os avós do Cristo não copularam, de acordo com o papa); e mais, mantivera-se «santa» toda a vida, o que na definição da igreja dos católicos inclui a abstenção de vários prazeres mundanos dos quais as mulheres portuguesas (incluindo as mães), que eu saiba, não se abstém. É certo que a ICAR acha que mesmo não se abstendo do prazer carnal as mulheres deveriam colocar-se como ideal não ter prazer. Mas a verdade é que não se colocam esse ideal, que eu saiba. E ainda bem. Para elas e para os homens.
[Esquerda Republicana/Diário Ateísta]
6 comentários :
Titula o jornal "Público" hoje: "Jovens são os que menos se preocupam com as dificuldades dos pobres".
Em que medida isto não está relacionado com o declínio da religiosidade católica entre as camadas mais jovens e urbanas?
Sou da opinião que a melhor maneira de levar os jovens a preocuparem-se com os pobres não deve passar por fazê-los acreditar na «virgindade» de Maria.
Pode ser que não. Mas a pergunta que fiz não foi respondida.
A resposta é que não encontro relação entre uma coisa e a outra.
Ricardo Alves disse...
A resposta é que não encontro relação...os jovens sunt per natura cruéis e desapiedados com seus semelhantes quer sejam Rhesus ou gorilas...
se acreditarem que existem extraterrestres que fazem impregnação em virgens de signo...isto poderá desenvolver muito a protecção de tais creaturas
o tal de Alves dos Reys tem menos de 40 anos logo enquadra-se nos desapiedados jovens agricultores
que crêem que maria fosse Libra ou Sagitarius ou..
e que José seu dilecto esposo não era Touro nem Carneiro
Em 1646, o rei João IV proclamou que a «Senhora da Conceição» dos católicos seria padroeira do reino de Portugal. Do reino, note-se. A República não tem padroeira...mas tem os 40 (a mando próprio e )de Bragança nos deram livre a nação...
anti-feministas estes republicanos pô...
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