Para quem segue com atenção o percurso de Martin Schulz, recentemente eleito presidente do Parlamento Europeu, as notícias da imprensa portuguesa desta manhã sobre as suas declarações, soaram bastante bizarras. Como é que um socialista e europeísta convicto, poderia chafurdar na mesma lama da democrata-cristã Angela Merkel, fazendo comentários paternalistas sobre a política interna de um outro estado membro? Talvez uma citação fora de contexto, ou uma má tradução, o que é tão comum na imprensa?
Schulz apressou-se a explicar-se. Escreveu no Twitter em português, e está prestes a dar uma conferência de imprensa para explicar que foi mal interpretado. Estamos a falar do Presidente do Parlamento, e não de um deputado qualquer, que se deu a este trabalho.
Angela Merkel, todas as semanas manda bocas sobre a política interna dos países do Sul da Europa. Nunca houve twitters, facebooks, muito menos conferências de imprensa.
Assim se topa um democrata.
Schulz apressou-se a explicar-se. Escreveu no Twitter em português, e está prestes a dar uma conferência de imprensa para explicar que foi mal interpretado. Estamos a falar do Presidente do Parlamento, e não de um deputado qualquer, que se deu a este trabalho.
Angela Merkel, todas as semanas manda bocas sobre a política interna dos países do Sul da Europa. Nunca houve twitters, facebooks, muito menos conferências de imprensa.
Assim se topa um democrata.
2 comentários :
Ouvi as declarações deste senhor e tenho, com muita franqueza, de concordar com ele. O que disse, não me parece errado e mais, algo que possa ser repudiado por alguém de esquerda. O aspecto da sua intervenção que mais ofendeu a todos acho que foi a sua intromissão na política económica do País com a opinião que deu.
Ah claro, nem cheguei a comentar isso no post, mas está subentendido.
Eu tenho a facilidade de falar alemão, e quando li as notícias, fui logo procurar a fonte. Ele pura e simplesmente diz que estamos a deixar matar a ilha que é a Europa, em termos de Estado Social.. que estamos a deixar a Europa ser arrastada para o declínio. E para isso dá como exemplo a necessidade que o governo português sentiu de ir pedinchar para Angola.
Não houve ali nenhuma crítica a Portugal, mas sim crítica à pressão que estamos a deixar acontecer aos países europeus.
Sinceramente nem voltei a ler as notícias posteriores para ver se o contexto das declarações tinha sido corrigido. Há muito que perdi a paciência para os erros de traduções, e as frases fora do contexto, que a imprensa tanto gosta de usar.
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