Tem-se ouvido dizer que a intervenção do Fundo Europeu e do FMI daria mais credibilidade ao plano de redução do défice e da dívida públicos, dada a supervisão internacional ao qual o país estaria sujeito.
É possível que sim, que haja mais credibilidade, agora essa credibilidade não se reflecte-se na confiança com que os mercados vêem os pagamentos futuros (a 10 anos) da dívida pública. No gráfico temos os juros da dívida soberana grega em cima, e a irlandesa em baixo, onde é assinalado o dia em que o pedido de ajuda foi pela primeira vez oficialmente referido. Haverá efeitos de antecipação, e também de demora até à assinatura do contrato, à volta daquela linha, mas o que o lado direito dos gráficos mostra é claro: essa credibilidade estará reflectida noutra coisa qualquer.
4 comentários :
O Krugman é um crítico das intervenções do FMI, pela razão que apontas e por frequentemente causar estragos comparáveis àqueles que pretende reparar.
Em qualquer dos casos haverá danos
E a inércia do estado e dos seus organismos em cortar as gordurinhas excessivas
E é fácil de explicar este efeito. A dureza e irracionalidade económica das medidas impostas pelo FMI leva a que os investidores saibam que essas medidas são politicamente impraticáveis e que, mesmo que fossem praticáveis, conduziriam o país a uma depressão que jamais permitiria que ele pagasse a sua dívida. Pelo que, deixam de emprestar dinheiro a esse país.
A dureza e irracionalidade
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