terça-feira, 11 de janeiro de 2011

A credibilidade que o FMI dá

Tem-se ouvido dizer que a intervenção do Fundo Europeu e do FMI daria mais credibilidade ao plano de redução do défice e da dívida públicos, dada a supervisão internacional ao qual o país estaria sujeito.
É possível que sim, que haja mais credibilidade, agora essa credibilidade não se reflecte-se na confiança com que os mercados vêem os pagamentos futuros (a 10 anos) da dívida pública. No gráfico temos os juros da dívida soberana grega em cima, e a irlandesa em baixo, onde é assinalado o dia em que o pedido de ajuda foi pela primeira vez oficialmente referido. Haverá efeitos de antecipação, e também de demora até à assinatura do contrato, à volta daquela linha, mas o que o lado direito dos gráficos mostra é claro: essa credibilidade estará reflectida noutra coisa qualquer.

4 comentários :

Rui Curado Silva disse...

O Krugman é um crítico das intervenções do FMI, pela razão que apontas e por frequentemente causar estragos comparáveis àqueles que pretende reparar.

Mea Culpa Mea Maxima Culpa Miserere Dominus Meo disse...

Em qualquer dos casos haverá danos

E a inércia do estado e dos seus organismos em cortar as gordurinhas excessivas

Luís Lavoura disse...

E é fácil de explicar este efeito. A dureza e irracionalidade económica das medidas impostas pelo FMI leva a que os investidores saibam que essas medidas são politicamente impraticáveis e que, mesmo que fossem praticáveis, conduziriam o país a uma depressão que jamais permitiria que ele pagasse a sua dívida. Pelo que, deixam de emprestar dinheiro a esse país.

Ide levar no déficite ide disse...

A dureza e irracionalidade