Voto em Manuel Alegre por quatro razões principais.
Primeira, porque é o único candidato que pode defender o Estado social contra um possível governo de direita, num contexto em que a crise social se junta à crise económica e em que o candidato incumbente cada vez responde mais com a caridadezinha e o «voluntariado» à pobreza e às privações, demitindo o Estado de qualquer função de assistência social.
Segunda, porque é o único candidato que tem mantido, desde há muitos anos, um discurso de crítica construtiva e moderada da União Europeia realmente existente (radicalmente distinto quer da subserviência do «bom aluno» quer do «orgulhosamente sós»), o que é preciosamente necessário no momento em que as actuais instituições europeias se mostram impotentes para lidar com a crise dos países periféricos.
Terceira, porque, contra os sectários dos dois extremos da esquerda e contra a direita que agita papões, se tem mantido leal à ideia de que a esquerda deve romper o bloqueio que tem impedido governos de esquerda mais alargados.
Quarta, porque acredita no debate e no contraditório, nos diz o que pensa e o que sente, e já somos uma democracia demasiadamente adulta para políticos que se escondem atrás de silêncios e que escondem o que farão.
(Este foi o meu artigo de estreia no blogue Alegro Pianissimo, um blogue de apoiantes de Manuel Alegre onde passo também a escrever até ao dia 23 Janeiro, e possivelmente mesmo depois.)
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