sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Revista de blogues (14/1/2011)

  • «Um ex-primeiro-ministro e ex-candidato a Presidente da República entra num banco e pede para comprar acções. Como o banco não está cotado em Bolsa, é o presidente da instituição que decide qual o preço da venda. Por acaso, foi seu secretário de Estado. E por acaso, fez parte da sua comissão política nacional no partido.

    O presidente do banco olha para o antigo chefe no Governo, político respeitado e eventual futuro Presidente da República e decide o preço da venda: por acaso é o preço mais baixo de todo o ano 2001 e fica metade abaixo da média de venda do ano.

    Em 2003, o ex-primeiro-ministro decide vender as acções. Vai novamente ter com o seu ex-secretário de Estado e propõe-lhe o negócio. O antigo colaborador, que vendeu as acções abaixo do preço do mercado, volta a comprá-las por um valor 140% mais elevado — ou seja, com o negócio o ex-primeiro-ministro ganha 147.529,20 euros.
    » (Gonçalo Bordalo Pinheiro)

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