- «(...) A Islândia é hoje um exemplo de recuperação económica. Tem um desemprego de 7%, muito superior ao que está habituada, mas muito abaixo dos países em crise. Teve, o ano passado, um crescimento de 3%. Acima da maioria dos países europeus. Vários sectores da economia estão a saber aproveitar a queda da coroa. Tudo isto, três anos depois de ter vivido o 11º maior colapso financeiro da história mundial. (...) Basta pensar nisto: os três bancos falidos correspondiam a oito vezes o PIB da Islândia.
- (...) Apesar de terem visto, graças a decisões do governo e da justiça, impensáveis noutro país, as suas dívidas por empréstimo para a compra de casa reduzidas - depois do colapso tinham aumentado entre 40% e o triplo - continua a ser incomportável pagá-las. E é a dívida, e não a crise económica - que ali se sente muitíssimo menos do que aqui - que está a corroer a confiança dos islandeses nas suas instituições democráticas. Mesmo para os que, e são muitos, não as pagam há dois anos.
- (...) O endividamento das famílias, das empresas e dos Estados tem servido para discursos simplistas, que ignoram a mutação que se operou no capitalismo desde os anos 80. Hoje, toda a economia e toda a sociedade vive para financiar a banca e os mercados financeiros em vez de acontecer o oposto. O que tem de acontecer para voltar a pôr as instituições financeiras no lugar que lhes tem de caber é global e exige uma extraordinária coragem política - aquela que nem aos islandeses está a chegar. A dividocracia (...) é, depois das ideologias totalitárias dos anos 30, o mais poderoso instrumento de subjugação dos cidadãos e dos Estados a poderes não eleitos. Vencer a chantagem do poder financeiro - que alimenta a dívida e se alimenta da dívida - é, neste momento, a primeira de todas as batalhas de quem se considere democrata. É aqui que se fará a trincheira de todos os combates políticos deste início de século.» (Daniel Oliveira)
sexta-feira, 27 de abril de 2012
Revista de blogues (27/4/2012)
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1 comentário :
fredag den 27. april 2012
EUROPA 2012 - O CONTINENTE INCONTINENTE TITA ANIKA JÁ AFUNDOU Ô INDA FLUTUA?
A DIMENSÃO DE UM CONTINENTE ANÃO OU DE UM ANÃO IN CONTINENTE
NÃO LHE GARANTE A SOBREVIVÊNCIA
NÃO É FAZER-SE GRANDE EM MAPAS QUE LHE DÃO VIDA
NÃO É COLONIZANDO UM MUNDO EM EXPLOSÃO POPULACIONAL
COM COLÓNIAS DIMINUTAS
OU DISSIPANDO EXÉRCITOS ENTRE OS BÁRBAROS
PARA MANTER A PAX AMERIKANA
FALTA PETRÓLEO E FALTA PREVISÃO AO IMPÉRIO EURO-AMERICANO
E NESTES CASOS É SEMPRE O ELO MAIS FRACO DO IMPÉRIO
QUE PAGA AS FAVAS
AS FAVAS OS OVOS O TRIGO
QUE DEIXOU DE PRODUZIR MERCÊ DO AMBIENTE
VELHOS IMPERIALISTAS NUM MUNDO CHEIO DE IMPÉRIOS NOVOS
DÁ O QUE DÁ...PÁ..
Indsendt af tens razão meu desde os anos 30
faltam os assignats de Louis XVI
a moeda falsa de Filipe IV o Belo Moedeiro Falso
e outros tantos que sossobraram na dívida
os títulos de dívida são da itália do renascimento meu
condottieri tás a ver eram pagos com o papel que garantia ganhos futuros
as obrigações dos estados italianos
nã tiveste história universal do 8º ano?
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