quarta-feira, 11 de abril de 2012

Revista de blogues (11/4/2012)

  • «Se tivéssemos de escolher um símbolo de uma evolução positiva de Portugal desde o nascimento da democracia provavelmente a escolha mais acertada seria a drástica redução da mortalidade infantil.
  • Portugal tem uma das taxas de mortalidade infantil mais baixas do Mundo. Estamos no topo, com uma média inferior aos países da OCDE e sendo o 6ª melhor da União Europeia. E éramos, antes do 25 de Abril, o pior país da Europa. Em 1960 morriam 77 crianças com menos de um ano em cada mil nascidas. Números que podemos hoje observar na Guiné Equatorial, na Libéria ou no Sudão. Em 2011 morriam apenas quatro, números muito próximos da Holanda, da Bélgica ou da Dinamarca. Em apenas duas décadas (anos 80 e 90), a mortalidade infantil desceu 79%, a mais rápida evolução que se conhece até hoje no Mundo. Teremos poucos records de que nos orgulhar. Este é, seguramente, um dos mais relevantes. Em pouco tempo passámos do terceiro Mundo para o melhor do primeiro. Num indicador que diz imenso sobre as prioridades de um País.
  • Para estes números contribuiu, de forma determinante, a criação de uma rede de cuidados de saúde pública materno-infantil, que funciona de forma exemplar. E para a sua construção trabalharam vários governos, do PS e do PSD, naquilo que parecia ser um dos poucos consensos políticos nacionais com vantagens para os portugueses. (...)» (Daniel Oliveira)

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