«O Porto chora» com o despejo da Fontinha, afirma o Es.Col.A.
Em relação a isto, subscrevo o comentário de Paulo Raposo:
«[...] A Câmara Municipal do Porto está a tentar matar algo que reabilita a zona do centro do Porto e que tem o apoio da população. Cabe à Câmara defender os interesses da população [...]. Não cabe à Câmara reprimir ideias e projectos cidadãos, de indubitável mérito e valor, ainda para mais levados a cabo em edifícios que se degradavam a olhos vistos e aos quais a Câmara não conferia qualquer uso. [...]»
Seria interessante permitir a continuação deste projecto, é lamentável que sejam gastos recursos a afogar ideias e projectos com potencial.
Dizem que não se pode despejar uma ideia, e que portanto este projecto não morrerá. Apesar da frase sonante, não é claro que isso aconteça. A ver vamos.
Nota adicional: não posso deixar de destacar, no vídeo da reportagem da RTP, as palavras da entrevistada: «Houve mesmo brutalidade policial. Excessiva. A pontos... Eu... Eu nunca tinha presenciado nada igual». Mais um pequeno sintoma de uma evolução preocupante.
3 comentários :
Segundo o DN:
«A Câmara do Porto garantiu hoje que estava disponível para permitir a ocupação da Es.Col.A até ao fim de junho, desde que fosse formalizado um contrato de cedência e o pagamento de uma renda simbólica de 30 euros.
Foi perante "a incompreensível recusa do grupo em aceitar estas condições mínimas exigidas por lei" e "aplicadas a qualquer cidadão ou instituição" que se procedeu ao despejo coercivo, explica a autarquia, em comunicado.»
O outro lado alega o contrário: que estavam dispostos a cumprir essas condições, e que foi precisamente quando a Câmara compreendeu que existia essa disponibilidade que o diálogo cessou.
A ser verdade o que diz a CMP, não custava nada pagar os 30 euros até se fazerem obras ao edifício. Custa-me muito a crer numa má vontade tão expícita...
Mas o episódio com os bombeiros, a ter-se passado como a associação diz, parece-me ser muito grave.
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