quinta-feira, 4 de março de 2010

Os novos terroristas europeus

Tenho escrito nos últimos dias sobre o fascínio de alguns esquerdistas europeus pelo islamofascismo. Tropecei hoje numa notícia sobre dois alemães-de-origem-alemã que levaram o seu fascínio ao ponto de: a) converterem-se ao Islão; b) integrarem uma rede islamista; c) planearem um atentado.

Enfim: quando os terroristas islamistas começam a ter nomes como Fritz Gelowicz e Daniel Schneider, podemos dizer que o islamismo se europeizou. Da pior maneira. Ou será que é tudo manobra da CIA?

4 comentários :

Rui Curado Silva disse...

Esse tipo de conversões são residuais. Tal como há meia dúzia de casos dessa radicalidade nos EUA. O que me preocupa é individuos de esquerda como o Besancenot andarem a dar cobertura a um islamismo radical (mais soft que esse caso alemão) que é tão mau ou pior que a Opus Dei, o equivalente católico, digamos.

Anónimo disse...

existem europeus natos ke sao islamicos...
Bosnios... albaneses...

MFerrer disse...

Interessante questão. Qualquer das resposta simples serviria apenas para confundir mais um pouco.
Assim:
O islão tem na sua génese o que têm as demais religiões: A explicação da existência, da morte e um conjunto de valores aparentemente para cimentarem uma determinada sociedade, i.e. valores morais, hereditários, familiares, de regime da propriedade, do direito, etc.
Acontece que a Europa Ocidental está a envelhecer e importou mão-de-obra com diferentes origens e crenças religiosas.
Há porém um porém. Por ironia do destino acontece que por acaso há uma terrível coincidência:
A religião dominante entre os imigrantes na Alemanha é o islamismo que, por um acaso digno dos infernos, é também a religião dominante em zonas do império onde por via da história dos colonialismos e da exploração do petróleo se mantém o mais ignóbil dos estados terroristas e fora da Lei. Um tal estado de Israel.
Estão reunidas assim as condições materiais e ideológicas para o despoletar de toda a sorte de movimentos religioso/fundamentalistas que se digladiam há décadas e que se odeiam de morte e com razão.

Ainda há bem pouco tempo Israel madou assassinar na Arábia Saudita um elemento "terrorista" palestiano e conserva desterrados milhões de palestinianos no Líbano. Israel cercou a faixa de gaza ond vivem cerca de 2M de palestinianos com um muro de betão de 7m de altura e mais de 700Kms de extensão...
Neste berçário de ignomínias e de assassinatos selectivos de estado, em que se incluem os cortes de água e de energia a populações civis, que tipo de reacção se espera? Jogos florais? Lançamento de perfumes?
Cresce ali e entre os muçulmanos a forte reacção que inclui isolamento, negação da democracia, refúgio a coberto dos liders mais agressivos e fundamentalista.
Na mesma Europa há quem opte por seguir os ensinamentos e desta religião e de se organizar em células de resistência contra todos os crimes que o império comete.
O que havia a esperar?

Ricardo Alves disse...

Rui Curado Silva,
de acordo quanto ao Besancenot. Quanto a estas conversões serem diminutas, é verdade. Mas é curioso que os jovens desenquadrados, furiosos, que há trinta anos seriam marxistas-leninistas, hoje se virem para o islamismo.