«entre le fort et le faible, entre le riche et le pauvre, entre le maître et le serviteur, c’est la liberté qui opprime, et la loi qui affranchit.»
(Lacordaire)
Documentos tornados públicos no contexto de um processo jurídico envolvem o então cardeal Joseph Ratzinger no encobrimento dos crimes de um padre - Rev. Lawrence C. Murphy - que assaltou talvez duas centenas de rapazes surdos. Mudado de paróquia, o padre Murphy continuou a exercer durante mais 24 anos, em contacto livre com crianças atá à sua morte, em 1998. Vale a pena ler o artigo do NYT todo.
O artigo é muito importante, e permite tirar dois tipos de conclusões.
1) Ratzinger teve conhecimento de pelo menos este caso de abuso sexual de menores, e nada fez para colaborar com as autoridades civis. Como foi o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé até 2005 (e desde 1981), não é crível que não tenha conhecimento de mais casos, alguns que até poderão ainda ir a tribunal. Portanto, se quer «assumir responsabilidades» pode começar a falar.
2) A directiva interna da ICAR para manter o segredo sobre crimes de abuso sexual de menores ainda estava em vigor em 1996, e era respeitada ao mais alto nível (Vaticano). Ninguém pode garantir que já não esteja em vigor hoje, e a «carta irlandesa», nesse caso, será areia para os olhos dos incautos.
Exactamente. Isto é um caso de inadequação da estratégia da ICCAR ao mundo moderno, onde os segredos são cada vez mais difíceis de manter.
A credibilidade da ICAR é cada vez menor. Eles vão provavelmente continuar a dizer que não sabiam e os tribunais vão provavelmente continuar a desenterrar documentos que detalham as actividades de padres, pedófilos, nazis, assassinos, colaboracionistas, corruptos, traficantes, mafiosos, etc., e evidenciam a conivência da organização, desde o topo.
:o) E há mais uma coisa: os evangélicos sabem que o colapso da ICAR pode ser um negócio de biliões de dólares - tantas almas para salvar e tantos dízimos a receber! - e agora que enterraram os caninos no pescoço do papa... o incentivo para desenterrarem mais escândalos é enorme.
O EsquerdaRepublicana é um blogue à esquerda, independente dos partidos mas não de valores e causas, republicano, laicista, democrata e plural. Foi fundado em Março de 2005.
4 comentários :
O artigo é muito importante, e permite tirar dois tipos de conclusões.
1) Ratzinger teve conhecimento de pelo menos este caso de abuso sexual de menores, e nada fez para colaborar com as autoridades civis. Como foi o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé até 2005 (e desde 1981), não é crível que não tenha conhecimento de mais casos, alguns que até poderão ainda ir a tribunal. Portanto, se quer «assumir responsabilidades» pode começar a falar.
2) A directiva interna da ICAR para manter o segredo sobre crimes de abuso sexual de menores ainda estava em vigor em 1996, e era respeitada ao mais alto nível (Vaticano). Ninguém pode garantir que já não esteja em vigor hoje, e a «carta irlandesa», nesse caso, será areia para os olhos dos incautos.
Exactamente. Isto é um caso de inadequação da estratégia da ICCAR ao mundo moderno, onde os segredos são cada vez mais difíceis de manter.
A credibilidade da ICAR é cada vez menor. Eles vão provavelmente continuar a dizer que não sabiam e os tribunais vão provavelmente continuar a desenterrar documentos que detalham as actividades de padres, pedófilos, nazis, assassinos, colaboracionistas, corruptos, traficantes, mafiosos, etc., e evidenciam a conivência da organização, desde o topo.
:o) E há mais uma coisa: os evangélicos sabem que o colapso da ICAR pode ser um negócio de biliões de dólares - tantas almas para salvar e tantos dízimos a receber! - e agora que enterraram os caninos no pescoço do papa... o incentivo para desenterrarem mais escândalos é enorme.
a ICAR tem velha tradição de acobertar criminosos...
Que digam os senhores Marcinkus, Mengele,Eichmann, Priebke....
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