Não se referenda se o meu filho ou um qualquer descendente dos Braganças têm igual direito a serem chefes de Estado. Como não se referenda se só podem ser homens, ou brancos, ou gordos, ou bigodes, a aceder a esse cargo.
Há quem não compreenda esta coisa simples. E até fale numa «lei fundamental igual para todos» por via monárquica sem se engasgar. Uau. Lei igual para todos com uma única família a poder aceder à chefia do Estado?
(Já agora: referendar a República é inconstitucional. Felizmente. Perde-se menos tempo.)
(Já agora: referendar a República é inconstitucional. Felizmente. Perde-se menos tempo.)
7 comentários :
virá em seguida o PNR pedir para referendar a democracia? ou a KKK pedir para referendar a abolição da escravatura? é necessária muita paciência para ouvir estas coisas e manter a calma...
Ainda bem que é inconstitucional. Assim não se perde muito tempo com conversetas de café. Quando a coisa estourar, desaparece sem deixar rasto. Espera-se é que com ela, vá a tubaronagem dos BPN's, SLN's e apêndices de Belém, SIC's, etc. Não fazem falta alguma.
Porque é que se perde menos tempo? nao se pode mudar uma lei ou uma constituiçao? ou a única saída que o Ricardo dá aos monárquicos é a insurreiçao armada e o apelo ao homicídio? De resto até estou de acordo.
Sou muito legalista e contra situações de ruptura. Os Limites materiais à revisão constitucional, consistem num erro crasso. Aliás e numa certa perspectiva histórica, a Carta estava armadilhada e a reforma que o rei e Franco preconizaram - e não existiu qualquer "ditadura", porque na própria França se governava provisoriamente por decreto -, ia no sentido da reforma do sistema. D. Carlos pretendeu adequar os governos aos prévios resultados eleitorais, eximindo-se assim de forma definitiva, à chantagem partidária que hoje tão bem conhecemos. O que temos agora, é um sistema que é o mais próximo daquilo que foi a Monarquia Constitucional. Com as devidas distâncias, dado o anacronismo.
A existir um referendo, teria de ser feito de forma séria, honesta, com tempo de antena equitativo e total ausência do aparelho do Estado/Governos na campanha. sabemos ou podemos imaginar como funcionaria o sistema instalado. Para uma clara manipulação, não vale a pena sequer acontecer a consulta. O assunto é sério e como há dias dizia um comentador político na Antena Aberta da TVI 24 horas, deve ser ponderado. Podemos poupar recursos, eliminar instituições que se atropelam e parasitam o sistema, aproveitando para renovar o sistema eleitoral, etc. Não é um disparate. para mais, uma instauração consensual da monarquia - nada há para "restaurar" - irritaria imenso os espanhóis, frustrando de vez certas manias que cada vez se tornam mais ostensivas.
Custa-me imenso a perceber como é que substituindo o Dr. Cavaco pelo Duque de Bragança os problemas do país se resolviam.
O Nuno Castelo-Branco acha mesmo que não há problemas históricos e culturais (e geográficos) que não se resolvam com este "milagre" da mudança do regime.
Eu pergunto-me porque será que a mornarquia não resolveu os problemas no século XIX, ou no século XVIII, XVII, XVI, etc...
ricardo s., te esqueceste do pol pot referendando os killing fields.
ricardo a., olha, é que ando mesmo sem pachorra nenhuma.
abraços aos dois
Os limites materiais de revisão constitucuional é que impedem que a Democracia se transforme numa ditadura da maioria. Os monárquicos têm partido próprio, inscrevem-se noutros, e fazem a sua propaganda livremente.
E quem pensa que as oligarquias financeiras desapareceriam com a instauração da monarquia é ingénuo. Não me consta, aliás, que a actual face da Causa Real , e o próprio Duarte, sejam independentes dessas «forças vivas».
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