Nunca olhei para o Reino Unido como um país em que a liberdade de expressão fosse particularmente prezada. Os acontecimentos de hoje, com a proibição de mais uma organização por «delito de liberdade de expressão», dão-me razão.
O Islam4UK é um grupo de jovens muçulmanos que prestam atenção a mais ao Islão e atenção a menos às raparigas. É um sucedâneo de um outro grupo, por sua vez proibido por «glorificar o terrorismo». Note-se: proibidos não por terem organizado actos de violência, ou sequer por terem apelado à violência, mas sim por terem «glorificado a violência».
A proibição segue-se à intenção, anunciada pelo Islam4UK e que agora não será concretizada, de homenagear os islamistas mortos no Afeganistão numa marcha através da mesma rua em que desfilam habitualmente os caixões dos mortos em combate britânicos. Nada de muito diferente das marchas e contra-marchas comuns na Irlanda do Norte.
Proibir este género de agremiações, como mostra a experiência passada do próprio RU (ou do País Basco), não serve de nada: reagrupam-se com outro nome. Processá-los por crimes concretos, ou responsabilizar os seus dirigentes por apelos à violência, pode ser mais eficaz. E não enfraquece os princípios fundamentais da democracia.
Porque este género de organizações joga, evidentemente, o jogo da provocação-proibição. Proibir as provocações é conceder-lhes a tese de que a democracia é uma farsa.
Melhor, é dizer claramente que embora possam actuar em legalidade, estão, enquanto fascistas que são, para além dos limites da tolerância. O que se faz recusando-lhes as cortesias exigíveis numa sociedade democrática - tratando-os como párias, sem direito a exporem os seus pontos de vista em programas de televisão, ou a terem qualquer tipo de subsídio do Estado, por indirecto que seja.
No Reino Unido como na Suíça, transigir em limitar a liberdade a troco de um ganho ilusório de segurança é um caminho que dá argumentos ao adversário - e que não resolve o problema.
A proibição segue-se à intenção, anunciada pelo Islam4UK e que agora não será concretizada, de homenagear os islamistas mortos no Afeganistão numa marcha através da mesma rua em que desfilam habitualmente os caixões dos mortos em combate britânicos. Nada de muito diferente das marchas e contra-marchas comuns na Irlanda do Norte.
Proibir este género de agremiações, como mostra a experiência passada do próprio RU (ou do País Basco), não serve de nada: reagrupam-se com outro nome. Processá-los por crimes concretos, ou responsabilizar os seus dirigentes por apelos à violência, pode ser mais eficaz. E não enfraquece os princípios fundamentais da democracia.
Porque este género de organizações joga, evidentemente, o jogo da provocação-proibição. Proibir as provocações é conceder-lhes a tese de que a democracia é uma farsa.
Melhor, é dizer claramente que embora possam actuar em legalidade, estão, enquanto fascistas que são, para além dos limites da tolerância. O que se faz recusando-lhes as cortesias exigíveis numa sociedade democrática - tratando-os como párias, sem direito a exporem os seus pontos de vista em programas de televisão, ou a terem qualquer tipo de subsídio do Estado, por indirecto que seja.
No Reino Unido como na Suíça, transigir em limitar a liberdade a troco de um ganho ilusório de segurança é um caminho que dá argumentos ao adversário - e que não resolve o problema.
2 comentários :
RU exagera!!
E o que dizer dos presos de consciência do sionismo organizado?? Aquele que ousar questionar o dogma do holocausto será preso!!!
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