quarta-feira, 2 de junho de 2010

Israel: traçar uma linha

Embora fosse sempre de uma brutalidade descabida, o ataque desta segunda feira até teria legitimidade se fosse perpetrado em águas de Israel. Mas foi-o em águas internacionais (e mesmo que fosse nas águas de Gaza, estas pertencem à Autoridade Palestiniana, sujeita a um bloqueio ilegal por parte de Israel). O governo israelita mostrou toda a sua crueldade, e mostrou também que não tem limites na sua atuação. Age sempre em total impunidade. Talvez isso esteja finalmente para acabar.
Se os atentados de 11 de Setembro de 2001 permitiram traçar uma linha entre os antiamericanos primários, para quem tudo vale desde que seja contra os EUA, e o resto das pessoas, proporcionando uma (creio que saudável) demarcação, o ataque ao navio turco permite fazer o mesmo em relação aos apoiantes incondicionais de Israel. Quem apoiar, entender, justificar uma atitude destas deixou de distinguir o bem do mal. Está totalmente cego pelo ódio. É isso que se passa com o governo israelita e, receio, com uma boa parte do povo que o elegeu. É isso que os torna perigosos para o mundo.
A diferença (bastante significativa, porém) entre os antiamericanos lunáticos e os pró-israelitas igualmente lunáticos é que nenhum dos primeiros pode escrever um pequeno naco de prosa como este e ser levado a sério. Os segundos podem. Podem repetir esta chantagem até à náusea porque ela até hoje, podem crer, faz efeito.
Dada a crueldade do mais recente ato de Israel, condenado mesmo por muitos dos seus tradicionais apoiantes (que felizmente não perderam totalmente a capacidade de discernimento), pode ser que essa velha chantagem deixe de fazer efeito. E pode ser que, graças a isso, Israel possa finalmente ser tratado como os outros países.

Adenda: o Arrastão tem coligido documentos interessantes. Destaco este muito interessante texto do Bruno Sena Martins.

1 comentário :

José Gonçalves Cravinho disse...

O anglo-saxão Imperialismo criou o Estado de Israel para ter ali no Médio Oriente um forte baluarte.
O argumento dos sionistas para justificar a usurpação da terra aos
palestinos,é que os israelitas são o Povo eleito de Javé/Jeová que é o Padre Eterno dos biblico-judaico-cristãos e a Palestina é a Terra
Prometida por Javé a Moisés quando
no Monte Sinai recebeu de Javé as Tábuas da Lei ou seja os Dez Mandamentos dos biblico-judaico-cristãos.Ora esta Vigarice é que é a base da civilização biblico-judaico-cristã e tem sido,ainda é e continuará sendo motivo de guerras e barbaridades de toda a ordem.As Religiões são o ópio dos Povos para que os Poderosos,em nome dum Deus inventado pelo Homem,
possam manter os Povos submissos e ajoelhados e os fanáticos sionistas
a cabecear junto ao Muro das lamentações e os maometanos a rezar de cabeça no chão e cu p'ró ar.