- «A jornalista do Público Teresa de Sousa, veio ontem defender que os jornalistas não deviam ter publicado os documentos oriundos da Wikileaks. Para ela o jornalismo não deve “embaraçar os governos”. Garante a estimável relatora da Europa sentada que nada daquilo que foi revelado era novidade ou notícia. Preocupada com a estabilidade do mundo, a sustentabilidade dos governos e a salvação da diplomacia dos Estados Unidos da América (EUA), o arauto da ética jornalista admoesta: “Há factos a que os jornalistas podem ter acesso para explicar os acontecimentos mas que não podem revelar”. Tudo porque o papel do jornalista a sério deve ser defender as instituições do “mundo livre”, seja isso lá o que for.Não sei se a Teresa de Sousa lê as notícias, mas eu tenho neste momento o El Pais nas mãos e descubro que a embaixada dos EUA em conluio com o governo Espanhol, o procurador geral local, e o fiscal geral da audiência nacional conspiraram para acabar com o processo crime pelo assassinato do jornalista espanhol José Couso, repórter de imagem da tele 5, por tropas norte-americanas no Iraque. E que Javier Zaragoza, o superior hierárquico do juiz titular do processo sobre torturas a cidadão espanhóis em Guantánamo, reuniu em três ocasiões com elementos da embaixada dos EUA para sabotar o processo e declarou “saber uma forma de torcer o braço ao Garzón (o juiz titular do processo)”.
Para um cidadão isto não é normal. Para um jornalista isto é notícia. Para a Teresa de Sousa o termos conhecimento disso é um embaraço escusado para suas excelências e não se faz. Estranho jornalismo que não se preocupa com o direito de informar e a liberdade de saber, mas simplesmente com a manutenção dos poderosos deste mundo.» (Nuno Ramos de Almeida)
Relatório e Contas. Resumo da Semana
Há 45 minutos
2 comentários :
Um verdadeiro sonho!
E quem é esta senhora? Será da família do José Manuel Fernandes? :o)
Da família acho que não é, mas é do jornal do JMF e tornou-se conhecida quando ele era o Director.
Portanto, acertaste na mouche. ;)
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