No Cachimbo de Magritte, há quem se entusiasme («grande homem», diz-se) com o extremista holandês Geert Wilders.
Vejamos. Wilders defende que não se construam mais mesquitas, que não entrem mais muçulmanos na Holanda e que os que lá estão saiam, e que se proíba o Corão. E é elogiado por alguns. Mas se Wilders defendesse que não se construíssem sinagogas na Holanda, que não entrassem mais judeus na Holanda e que saíssem os que lá estão, e que se proibisse a Torá, seria considerado um anti-semita e um filo-nazi.
Wilders é uma resposta a um genuíno problema contemporâneo: o fascismo islâmico. Mas é a resposta errada. Não se responde a um fascismo com outro fascismo.
1 comentário :
De acordo.
O problema é que a esse problema - o fascismo islâmico - têm existido duas respostas erradas: a de muita esquerda, que é não o ver ou fingir que não existe, e a de muita direita, que é propor outro fascismo em alternativa.
A igualdade dos cidadãos perante a lei, o laicismo e a separação da)s) Igreja(s) e do Estado, são a resposta certa.
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