Desde a madrugada de ontem, a PJ deteve cerca de trinta elementos da extrema-direita, metade dos quais foram hoje presentes em tribunal. As acusações são de discriminação racial e posse ilegal de armas, mas há também ligações ao tráfico de droga e de armas (incluindo, o que é muito inquietante, um elemento fascista ligado a um desvio de armas na PSP).
É de esperar que, nos próximos dias, mediocratas como Helena Matos e Pacheco Pereira se afoitem a garantir-nos que os «cabeças rapadas» e outros neonazis são umas pobres vítimas da «opressão mediática da esquerda» e da «ditadura do politicamente correcto» (seja lá isso o que for), e que o BE e o PCP, esses sim, são perigosas ameaças para a segurança das pessoas e para a própria democracia. Esta complacência para com a extrema-direita armada, quando vem de democratas, é incompreensível, a não ser como «descompensação» anti-antifascista agravada por alguma ingenuidade a raiar a alienação.
A comparação destes grupos de criminosos cadastrados com o PCP e o BE esclarece o grau de simpatia de alguns «liberais» pela extrema-direita. Que eu saiba, a existência de associações armadas ainda está proibida constitucionalmente (e há boas razões para manter a proibição, como se vê). O PNR, embora sendo um partido legal (mas que nunca recolheu as 5000 assinaturas), depende de uma associação armada fascista, a Frente Nacional, para as operações básicas de colagem de cartazes, distribuição de propaganda e até de recolha de fundos (caso do recente cartaz no Marquês de Pombal, pago com dinheiro da FN). Parece mais que o PNR é o braço político da FN, e não a FN o braço armado do PNR, com a agravante de que há indícios de que o financiamento da FN (e portanto do PNR) vem do tráfico de droga e de armas. Não nos atirem poeira para os olhos: aquelas armas eram para quê? Para se tornarem um partido parlamentar?
7 comentários :
Uff!
Por momentos, antes de ir ao linque, temi que te referias à minha "comparação".
Ainda bem que liberdade só mesmo para os amigos e amigos dos amigos... Tudo o resto prisão com eles.
Curioso é a tal operação ter surgido dias antes da concentração... até parece perseguição... mas tratando se da extrema direita não há problema nenhum!!
O «tiago» evangélico defende a liberdade de criar organizações paramilitares? E defende o porte de metralhadoras e outras armas de fogo para todos, ou só para os seus amigos da extrema-direita?
O evangelico que á e mim defende a liberdade de expressão, de culto de se proteger de não ter que andar sempre armado com BI, liberdade de uso e porte de canideos, direito á propriedade entre muitas coisas que ao DEMOCRATA Ricardo devem fazer nauseas... entre elas o direito á parvoice.
Voçê deve ser daqueles que vai marchar no dia 25 na Av. da Liberdade mas ja se esqueceu de que esse dia significa. Ou queria que fosse algo de muito diferente...
Senhor Tiago, não sei porque veio parar a este blogue (por causa de eu ter falado de raspão no criacionismo?), e não faço a mínima ideia das razões porque me odeia tanto. Só sei que se chama Tiago e que é evangélico.
Irrita-me um pouco, confesso, que tenha ideias falsas a meu respeito. Já escrevi aqui, várias vezes, que existe o direito de dizer parvoíces como as que dizem os cabeças rapadas, os evangélicos criacionistas e outros que tais. O que vocês não têm é o direito de andar armados a ameaçar as pessoas, de assassinarem médicos que fazem abortos ou de matar negros e espancar homossexuais.
Já disse isto tudo várias vezes. Não compreende. Acho que o problema é seu.
Chegamos onde eu qeria... todos temos direito a dizer parvoiçes. Sejam eles do BE, PCP,PS, PSD CDS ou mesmo PNR.
Não sei onde foi apanhar essa ideia do evangelista, gostava mais do catalogo de católico cultural porque é mais verdadeira. Criacionismo só mesmo na sua cabeça. Estou de muito bom grado com Darwin, mais um neo darwinista.
Quanto ao ódio como o evangelista e criacionista só mesmo na sua mente... simplesmente não concordo com muito do que diz. Dai a apelidar de ódio vai uma distancia muito grande!!
«Chegamos onde eu qeria... todos temos direito a dizer parvoiçes.»
Mas eu alguma vez disse o contrário?!
O sr. Tiago não deve mesmo saber ler...
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