quarta-feira, 11 de abril de 2007

Revista de blogues (11/4/2007)

  1. «Cerca de três semanas depois, não vejo razão nenhuma para alterar a minha posição inicial. A comunicação social continua sem encontrar nada -- repito, nada -- que lhe permita inferir sem margem para dúvidas que José Sócrates não «agiu sempre de forma limpa, leal e legal». Ora, entretanto, inverteu-se o ónus da prova. A comunicação social apresentou um conjunto de dados que, por si só, nada provam. Porém, a verdade é que ao fazê-lo contribuiu para que se instalasse a suspeição. De forma perversa, instalada a dúvida, a comunicação social exige agora a José Sócrates que prove que nenhuma ilegalidade foi cometida. Eis o ciclo completo e a inversão do ónus da prova. Um péssimo caminho.» («A inversão do ónus da prova», no Bloguítica.)
  2. «Interessa muito mais denunciar o ambiente de conúbio entre a partidocracia, as universidades ditas privadas e os financiadores das instalações das mesmas. Quando ilustres membros do governo Guterres, para completarem as respectivas licenciaturas, entraram em contacto directo com uma universidade dita privada, eles deveriam saber que estavam a entrar num domínio onde poderiam ser instrumentalizados por aquilo que em português corrente se chama cunha institucional. (...) Basta recordarmos como Paulo Portas e Santana Lopes acabaram por ser nomeados directores de um centro de sondagens e passarmos os olhos pela descida ao mundo universitário e politécnico de alguns jornalistas de nomeada, pois o conúbio passou da partidocracia a jornaladocracia, avançando recentemente para grandes companhias, susceptíveis de patrocínio. Nenhum partido político consegue escapar à trama e, por isso, até se compreende o silêncio de Marques Mendes sobre a matéria, dado que poderiam surgir investigações sobre a respectiva actuação na Universidade Atlântica, até com recordações de primeiras páginas do "Expresso", onde ele aparecia aliado ao próprio primeiro-ministro actual, em actuações coloquiais universitárias.» («Da questão da Independente ao fundo da questão», no Sobre o tempo que passa.)

1 comentário :

Anónimo disse...

Quantos licenciados da treta ha por ai com licenciaturas à Socrates compradas nas privadas, faça-se um estude e verifique-se quanta da malta da politica é licenciado nas privadas, talvez a maioria, temos que dizer-lo que a maioria das pessoas que vão para uma privada compram os cursos, não vão para se formar mas para comprar o canudo!

È uma injustiça face aos alunos das universidades Públicas.

Sou da opinião que nem deveria haver sistema de ensino privado, nem universitário nem dos ciclos que o procedem.

Quem é inteligente o suficiente não precisa para nada de uma privada!