Mas hoje fui levar os meus filhos à escola e lembrei-me da história do cartaz do PNR. Os amigos dos meus filhos aqui chamam-se Ross, Pancho, Yuri, Peng Peng, Mohamed, Juan, Noah, etc. Uns são protestantes, outros católicos, outros ateus, outros judeus, outros muçulmanos; e o meu filho costuma subir para cima de uma cadeira no refeitório e gritar coisas sobre a religião ser o ópio do povo (estamos a trabalhar neste problema e a explicar-lhe que não é necessário celebrar a diferença e alardear as nossas convicções com tanto empenho)... :-)
Mas é delicioso ver estes miúdos, todos com culturas diferentes, a falarem línguas diferentes em casa, a comerem coisas diferentes e a brincarem juntos sem qualquer problema. Aos nove anos são completamente descontraídos em relação às diferenças entre as pessoas: o aspecto físico, as roupas, as opiniões... nada disto lhes faz confusão.
Espero que eles cresçam assim, sem o pavor labrego do que é diferente, estrangeiro, ou desconhecido.
2 comentários :
O teu filho é o meu herói, mas acho que o tribalismo começa depois dos nove anos... ;)
Pois é. Temos que os manter sempre por perto e ir fazendo troça dos amigos deles qie querem ser "marines" para ir matar os "maus".
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