- «Pedro Arroja tem a honra de ter sido um dos pioneiros do liberalismo mais extremo em Portugal. Desde há algum tempo tem vindo a defender a pesada herança da ditadura Salazarista. Contradição? Muito pelo contrário. Por detrás do liberalismo mais extremo, da defesa da liquidação total do Estado social ou do direito do trabalho, encontramos o mesmo autoritarismo. No fundo, os neoliberais sabem que tal projecto exige o fim da democracia e das liberdades. Já Hayek, uma das suas grandes referências, tinha, em 1981, viajado até ao Chile de Pinochet para declarar, numa entrevista a um diário governamental, que «a minha preferência pessoal inclina-se para uma ditadura liberal e não para um governo democrático de onde o liberalismo esteja ausente». Tudo em nome da liberdade claro. Liberdade para os que têm dinheiro. Muito dinheiro.» («Liberalismo Intransigente», no Ladrões de Bicicletas.)
- «A Igreja Católica aboliu oficialmente o limbo. Não a dança, que ainda é tolerada, mas aquele sofre que não sofre onde ficavam as almas das crianças que morriam sem baptismo. A notícia no Público não diz como se determinou o destino destas almas. Experimentalmente, parece difícil. Mas as fontes asseguram-nos que «os factores analisados oferecem suficiente base teológica e litúrgica para acreditar que as crianças que morrem sem ser baptizadas "se salvarão e gozarão da visão beatífica"». Ora bem. Se os factores oferecem suficiente base teológica, a conclusão deve ser sólida e fiável. E esperemos que tenha efeito retroactivo. No tempo de Santo Agostinho essas crianças iam para o inferno. Deve-se agora rever os seus processos e compensá-las pelos séculos de sofrimento indevido, talvez com um gozo acrescido da visão beatífica. (...) Quanto mais aprendo sobre religião mais me agrada o ateísmo.» («Crianças mortas suspiram de alívio», no Que treta!)
Em defesa dos chulos
Há 1 hora
1 comentário :
Já não há limbo?! Downsizing, de certeza. Deus deve ter lá os conselheiros todos do Banco Mundial!! :-)
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