- «Cavaco Silva convidou ontem, em Riga, as forças políticas portuguesas a "meditar serenamente" sobre a melhor forma de ratificar o próximo tratado da União Europeia, considerando que o compromisso com a realização de um referendo pode não ter sido devidamente ponderado. (...) Cavaco foi sempre contra a realização de referendos aos sucessivos tratados europeus, como ontem lembrou aos jornalistas. "Antes de ser designado Presidente da República, nunca me mostrei entusiasmado com o referendo", disse, citado pela agência Lusa.»
O grande tabu do regime democrático é a União Europeia. Não se discute, como antes do 25 de Abril não se discutia o «Ultramar». E no entanto, não há qualquer outra circunstância que tenha maior influência na política interna portuguesa. Nas últimas semanas, já tinham sido dados sinais de que os dois partidos do centrão quereriam evitar o escrutínio popular sobre a questão Europeia. Cavaco parece ir um passo mais à frente.
Posição de princípio: todos os tratados internacionais deveriam ser referendados.
2 comentários :
È a democracia caseira do PS (com e sem D)
Ui. Essa luta é antiga e levou com a obstinação do cavalheiro desde logo no tempo em que era primeiro. Alguém se lembra de Maastricht?
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