sexta-feira, 20 de abril de 2007

Revista de blogues (20/4/2007)

  1. «Não é de espantar que os amigos se protejam. Nada melhor para desvalorizar a extrema-direita que fazê-la igual à "extrema-esquerda" (que, neste caso, é entendida como nada mais nada menos... que o PCP e o BE!). (...) Aqui há duas lógicas a convergir: por um lado, branqueia-se a extrema-direita (...) Mas há também uma fobia subterrânea nestes senhores, que sentem tanto asco por tudo o que lhes cheire a "esquerda" (...) Resta-lhes explicar, para que a comparação tenha o mínimo de honestidade intelectual, se os militantes do PCP e do BE andam armados; se participam em espancamentos daqueles que têm ideias, hábitos, ou simplesmente uma cor de pele diferente; se vivem numa lógica de violência e se sentem em estado de guerra; se têm treino militar; se utilizam actividades criminosas para se financiar.» («A paranóia e os seus limites», no 2+2=5.)
  2. «A fascistada europeia vai reunir-se num local clandestino nos arredores de Lisboa, a convite e sob organização do PNR, o “partido do cartaz”, constando de uma mesa redonda sobre activismo de colagem de cartazes e inscrições murais (só?) e terminando com um concerto com bandas neo-nazis ibéricas. (...) Por mim, estejam à vontade, reúnam, estiquem os braços, beijem os retratos do Hitler, Mussolini, Franco, Salazar e Le Pen, curtam o concerto, enrolem a tenda e zarpem quietinhos para os vossos tugúrios. Mas não deixo de lhes fazer dois reparos: - Se os do PNR são mesmo “nacionalistas” a sério, porque raio convidam organizações neo-fascistas de Espanha e metem no concerto “2 duas 2” bandas de músicos nazistóides espanhóis? E Aljubarrota? E Olivença? E os maus ventos e os maus casamentos? - Imperdoável que se tenham esquecido de invocar o figurão da imagem. Esse sim, era-vos merecido como patrono de pleno direito.» («Em busca de Nuremberga perdida (nos arredores de Lisboa)», no Água Lisa (6).)

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