- «Pastores, solteiros e bons rapazes, exigem subsídios chorudos ao governo, que os das freguesias e câmaras não dão para grandes mármores, para a construção de estábulos novos para os seus rebanhos em vias de extinção. Máxima urgência, agradecimento mínimo. Exige-se que o subsídio seja dado em condições de privilégio e exclusividade face a outros tipos de pastoreio, ainda que tal implique violações graves da lei. Pondera-se ainda a possibilidade de exigir 0,05% do IRS daqueles que em algum dia das suas vidas, mesmo que ainda rebentos, tenham pastado ao ritmo do nosso cajado. Isto no caso do governo avançar com a medida absurda de cobrar IVA pela compras de novos cajados e badalos. Quanto ao resto mantêm-se as proibições do costume no que concerne às cambalhotas do gado e a reafirma-se a nossa pena pelos pobrezinhos, sobretudo daqueles que apostaram em vidas de maior suor e menor rendimento que a santa vida de pastor, mas sobre isso não temos qualquer poder.» («Quem tem lata amanha uma Concordata», no renas e veados.)
- «Em mais uma das suas imperdíveis crónicas da 2ª feira, João César das Neves, num esmerado exercício de auto-vitimização em que é useiro e vezeiro, fala-nos de um "racismo", dirigido à crença, que grassa na sociedade de hoje; fala-nos de uma Igreja contra a qual existe "desconfiança latente" e "severidade". Provavelmente por habitar em paragens muito longínquas, ou numa cave insonorizada com água potável e conservas para uma vida inteira, JCN ignora que vive numa sociedade que não só não discrimina os crentes, não só não dá mostras de severidade para com a Igreja, mas que, pelo contrário, a trata com uma benevolência que roça, por vezes, a subserviência. Pode até dar-se o caso de JCN ter ouvido falar de um país, chamado "Portugal", no qual a perseguição aos crentes não prima pela ferocidade: a Igreja tem direito a transmissão televisiva das eucaristias, a mensagem de Natal do patriarca, a emissões especiais por ocasião do aniversário da cidadã Lúcia de Jesus dos Santos, a uma Universidade, e, até há bem pouco tempo, a presença no protocolo do Estado. Isto, claro, para não falar de absoluta liberdade de culto. (...)» («Branda severidade», no umblogsobrekleist.)
sexta-feira, 20 de abril de 2007
Revista de blogues anticlericais (20/4/2007)
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