- «Um milhão de turcos nas ruas de Istambul a exigir a continuidade e reforço da laicidade do estado fundado por Mustafa Kemal Atatürk. A manifestação, convocada por cerca de 600 ONGs, surge na consequência da candidatura de um islamita conservador, Abdullah Gül, à presidência do país. Tivesse a UE metade do zelo com a Polónia do que tem com a Turquia, e ainda estaria pelos 26 membros...» («Nunca se viu nada assim em Varsóvia», no Renas e Veados.)
- «Enquanto alguns «liberais» portugueses estão entretidos em discretas apologias do salazarismo, outros gostam de ensaiar um discurso irresponsável em que fascismo e socialismo se tornam por magia idênticos. Fazem-no, entre outras formas, através de citações retiradas do contexto ou através da manipulação de palavras que têm sentidos diversos nas tradições políticas em confronto. Esperam que a coisa passe à boleia do desconhecimento histórico. (...) O fascismo foi um dos produtos da crise do capitalismo no período entre as duas guerras. Serviu a certas fracções da burguesia como arma de arremesso contra o movimento operário. Por isso quando os fascistas reivindicam «justiça social e combate ao capitalismo selvagem e à luta de classes». (...)» o que pretendem é invocar a ideia de que é preciso criar estruturas que esmaguem e/ou disciplinem as classes trabalhadoras e os seus movimentos autónomos. O essencial é a ideia do «fim» por decreto da luta de classes através da sua substituição por um qualquer interesse nacional definido autoritariamente.» («A ignorância "liberal"», no Ladrões de Bicicletas.)
- «Eu vinha mais para o fim da manifestação do 25 de Abril e não ouvi. Mas soube por vários blogues (...) que os sempre muito educados manifestantes da JCP vaiaram os representantes das várias organizações políticas quando estes subiram ao palco no Rossio. Entre eles, o do Partido Socialista. Tratava-se de Edmundo Pedro. Evidentemente um oportunista que nada tem a ver com o espírito de Abril. Aliás, não é a primeira vez que Edmundo Pedro se tenta infiltrar nos meios anti-fascistas sem ter sido convidado. Já no passado se enfiou no Tarrafal. Felizmente, desta vez, estavam ali os vigilantes "jotas", com o seu longo passado de resistência, para não deixar as massas serem enganadas.» («Assim se vê a força da ignorância», no Arrastão.)
segunda-feira, 30 de abril de 2007
Revista de blogues (30/4/2007)
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