quarta-feira, 2 de novembro de 2011

A besta islamista voltou a atacar

A redacção do jornal Charlie Hebdo foi incendiada esta madrugada, aparentemente com um cocktail molotov. A razão é óbvia: o jornal satírico francês lança hoje nas ruas uma edição (ver a capa em cima) destinada a assinalar a vitória dos islamistas do Ennahda na Tunísia e o anúncio pelo CNT de que as leis líbias se basearão na chária. A edição apresenta o título «Charia Hebdo» e um novo editor: «Maomé» (lui-même). A redacção ficou totalmente destruída.

A sátira e o riso são tão importantes para o meu ateísmo como o ajoelhamento e a prece o são para os religiosos. Se os muçulmanos e os católicos não entendem assim, eu explico melhor: atacar o Charlie Hebdo é como pôr uma bomba em Meca ou em Fátima. Ou melhor ainda: na Europa, o anticlericalismo é um direito. Pôr bombas por causa de umas caricaturas é próprio de bestas que se levam demasiadamente a sério. Ou de fascistas (neste caso, da variante islamofascista). Se não gostam de rir, vão rezar. 

P.S. Agradeço aos leitores que informem na caixa de comentários da localização de alguns dos quiosques e papelarias que vendem o Charlie Hebdo para que todos possamos, em solidariedade, adquirir um exemplar (ou mais...).

[Diário Ateísta/Esquerda Republicana]

21 comentários :

NG disse...

"Se os muçulmanos e os católicos não entendem"

Quais foram as editoras incendiadas por barbaridades publicadas acerca de católicos?


Quando você (e os colegas neoateístas) trata as religiões e os grupos religiosos todos por igual está a beneficiar e promover as variantes mais perniciosas. É como abrir combate à política em geral por alguns políticos terem mandado fuzilar os seus opositores.
O seu Caterpillar segue em terreno declivoso, corre o risco de dar uma cambalhota e você machucar-se, Ricardo.

Ricardo Alves disse...

Nuno,
atentados a cocktail molotov concordo que já não fazem há uns bons tempos. Mas ainda há coisas como as seguintes, na mesma França...

Interrupção de peça de teatro

«La famille nationale-catholique donne à nouveau de la voix. Avec un terrain de prédilection : la protestation plus ou moins musclée contre des événements culturels jugés par elle christianophobes.
Ses militants manifestent quotidiennement, depuis une semaine, devant le Théâtre de la Ville, à Paris. Ils ont même réussi, à plusieurs reprises, à interrompre la représentation de la pièce de théâtre de Romeo Castellucci, Sur le concept du visage du fils de Dieu»

http://www.lemonde.fr/politique/article/2011/10/27/la-mouvance-integriste-cherche-sa-revanche_1594798_823448.html

Vandalização de obra de arte

«En avril, le Renouveau français (RF) avait été très en pointe à Avignon contre l’exposition de photographies de l'artiste américain Andres Serrano. Parmi elles, Immersion, Piss Christ, vandalisée par une action commando au lendemain d'un rassemblement.»

http://droites-extremes.blog.lemonde.fr/2011/10/24/le-renouveau-francais-revendique-la-perturbation-du-spectacle-de-romeo-castellucci/

NG disse...

Ricardo
Os exemplos que dá são de manifestações públicas de opinião, exercícos de participação democrática, actividades que você tanto aprecia.

"Vandalização de obra de arte"

Se colocar uma fotografia da sua família naquelas condições ou levar essa "obra de arte" para as ruas de Riad ou Teerão, substituindo o crucifixo pela imagem de Maomé, talvez fique com outra impressão sobre aquilo de que se trata.

Ricardo Alves disse...

Não.

Do ponto de vista da lei, a interrupção de uma peça de teatro por uma manifestação hostil deveria ser tratada exactamente como uma interrupção de uma missa. Existe liberdade para a arte como existe liberdade para o culto.

Quanto à destruição de obras de arte, que eu saiba o «Cristo» não é da sua família. Nem da de ninguém.

Filipe Castro disse...

Concordo com os dois: o Nuno Gaspar tem muita razão em relação aos católicos, mesmo aos mais fanáticos, que não se comparam hoje com os milhões de selvagens muçulmanos, que atiram bombas para o meio de grupos de crianças.

Mas o Ricardo tem muita razão em comparar os actos de selvajaria. Muitos muçulmanos não sabem melhor: na terra deles as ofensas lavam-se com sangue. Mas os idiotas que querem censurar peças de teatro e obars de arte (mesmo as de muito mau gosto, como o Cristo em questão) vivem em democracia há 50 anos e deviam saber que ninguém tem o direito de nos ditar o que é o bom gosto à paulada. Os católicos integristas franceses são os descendentes directos dos nazis de Vichy.

Filipe Castro disse...

E já que estamos a falar em intolerância e brutalidade, o antigo director do Charlie Hebdo, Phillipe val, um sionista confesso, despediu o Siné há menos de um ano, por ele ter feito uma piada sobre judeus a propósito da familia Sarkozy.

Rui Curado Silva disse...

Vi o filme "C'est dur d'être aimé par des cons" que conta o processo em que o Charlie Hebdo foi acusado por fundamentalistas de islamofobia, vi-o em Bruxelas no dia da sua estreia. No início um grupo de quatro jovens muito bem vestidos, certamente vindos directamente de uma mesquita sofisticada, tentaram realizar um número muito mal ensaiado contra a projecção do filme. Após alguns berros dos espectadores presentes na sala, acabaram por sair com um sonoro estrondo da porta da sala.

O Charlie tem marcação cerrada há muito tempo.

O Filipe Castro também tem razão no último comentário que faz.

Anónimo disse...

vejam isso
http://www.youtube.com/watch?v=wbAt2x46rzo

Anónimo disse...

Charlie Hebdo zombou da Shoah....

Portugal SSempre disse...

Pois, é engraçado e "aqui D'el REI" mas vocês não têm moral sequer para tecer 2 linhas sobre o assunto, pois e já que se dizem esquerdistas republicanos, cooperam com o vosso pseudo pluralismo (sinonimo = sentimento de culpa do homem branco) com a imigração/invasão por parte de extra-europeus (muçulmanos, pretos, etc..) que graças ás VOSSAS politicas desde 45 e desde 75, que afundam as nações europeias num lamaçal de multiculturalismo, que vai afundar este continente, ao ponto de determinadas cidades europeias já terem uma minoria nativa, aliás basta observar como está a Amadora, Linha de Sintra, Margem Sul etc.. e os culpados sois vós... precisamente os mesmos que com os seus amigalhaços direita copo de leite e comunada, blocos etc.. escancararam as fronteiras e transformaram por exemplo Marselha em uma cidade 35% muçulmana, Malmo 25 % muçulmana, isto para não falar dos suburbios de Paris, Roterdão, Bruxelas, Lisboa, Madrid, e o Londonistão.

Felizmente o NACIONALISMO ergue-se contra os traidores, de Lisboa a Moscovo e de Roma a Dublin e os borregos filhos da traição não serão esquecidos.

salute

باز راس الوهابية وفتواه في جواز الصمعولة اليهود. اار الازعيم-O FLUVIÁRIO NO DESERTO disse...

ó filho ao preço a questão?

se for em 2ªmão vendo uns a 5 cêntimos o quilo

já se vendia mal antes

se calhar incendiaram aquilo pra ficar com o seguro

Se a PUNCH tivesse a mesma ideia ainda existia

ao menos o João Soares e a baronia socialista
deixaram a Diglivro falir com meio-milhão de contos de dívidas ao estado e outro tanto ao privado

mas não deitaram fogo aos 300 mil volumes para receber o seguro

finesse

Filipe Castro disse...

Ao nazi das 11:56: Acho que vocês têm todo o direito às vossas ideias, e sou absolutamente a favor da legalização das vossas organizações. mas faz-me um bocado de impressão ver-vos com saudades dum tempo que nunca existiu. A Europa antes das vagas de imigração do pos-guerra era um sovaco mal cheiroso, governado por imbecis e por delinquentes. Sobre este assunto há um livro muito divertido, escrito por um jornalista chamado Phillip Blom, chamado "The Vertigo Years, Europe 1900-1914". Vale a pena lê-lo, para se ter uma ideia da porcalhota onde viveram os nossos trisavós. Os imigrantes são pessoas como nós, mas sem o polimento dos 50 anos de democracia e literacia do pos-guerra. Eu acho que vocês os odeiam porque têm medo deles, e que a esmagadora maioria deles não faz mal a ninguém.

Filipe Castro disse...

:o) E já me esquecia: se quiserem ser honestos e justos, os racistas europeus têm a obrigação moral incontornável de engravidarem as vossas mulheres!! Aos portugueses patriotas só podemos recomendar que vejam menos televisão e passem mais tempo com as vossas senhoras. A Europa precisa de gente para trabalhar e se os europeus não têm filhos, os empregos vão para os ucranianos.

Para resolver este verdadeiro traumatismo ucraniano, façam como eu, que sou de esquerda e ateu, mas tenho três filhos lindíssimos e excelentes alunos. O vosso Paulo Portas não tem nenhum. Até apetece dizer: foi assim que a Alemanha...

Maquiavel disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Maquiavel disse...

Ó FC, entäo a Ucränia é em África???
"A Europa precisa de gente para trabalhar e se os europeus não têm filhos, os empregos vão para os ucranianos."???????????????????

Bem sei que em PIB/capita e IDH estäo ao nível de África, mas daí até esta frase... aiaiaiaiaiaiaiai!

Até porque me parece que os racistas aceitam de bom grado as ucranianas. Säo boazonas e branquinhas, logo ajudam a purificar a raça tuga täo conspurcada...

Anónimo disse...

Os Islamofascistas atacam de novo... cartoon=cocktail molotov??? Bestas quadradas
Pela liberdade de expressão

(((:~{>

Portugal SSempre disse...

"Ao nazi das 11:56: Acho que vocês têm todo o direito às vossas ideias, e sou absolutamente a favor da legalização das vossas organizações. mas faz-me um bocado de impressão ver-vos com saudades dum tempo que nunca existiu. A Europa antes das vagas de imigração do pos-guerra era um sovaco mal cheiroso, governado por imbecis e por delinquentes. Sobre este assunto há um livro muito divertido, escrito por um jornalista chamado Phillip Blom, chamado "The Vertigo Years, Europe 1900-1914". Vale a pena lê-lo, para se ter uma ideia da porcalhota onde viveram os nossos trisavós. Os imigrantes são pessoas como nós, mas sem o polimento dos 50 anos de democracia e literacia do pos-guerra. Eu acho que vocês os odeiam porque têm medo deles, e que a esmagadora maioria deles não faz mal a ninguém."

Ao Filipe Castro:
Ora "saudades de um tempo que nunca existiu", isso deve ser algum plano metafisico que só você atingiu, volte para a terra e observe com atenção o que se passa no Velho Continente - sobretudo na Europa ocidental. A Europa antes de das vagas de imigração EXTRA-EUROPEIA, agregava somente todas as nações que geraram tudo o que existe de civilização á face da Terra, todas, e neste mundo "ocidental", que se define por uma mesma civilização na qual a raça branca é o seu ventre... portanto se a Europa era um sovaco mal cheiroso, imagino o que seria africa ou a ásia, deixe-me pensar... esperança de vida, 30 anos, casas que são palhotas, lindo. Mas 1000 vezes ser pobre e honrado que, pseudo rico mas subjugado.
Ora os "imigrantes" alguém colocou em causa que eles não são "humanos como nós"?! A questão é outra, é que "um dia lá nas americas" viviam 8 milhões de índios livres pelas suas terras, e de repente milhares de não nativos entraram-lhes pelas terras adentro, o que aconteceu? acabaram em reservas. O nosso alerta é esse mesmo, cada povo tem direito ao seu espaço, isso sim é diversidade, o que os traidores das ultimas décadas têm feito ás nações europeias é transformar os nativos numa MINORIA na sua própria terra, destruindo a sua identidade, basicamente um etnocidio programado... espero que fique contente quando os seus 3 filhos acordarem e se tornarem uma minoria na sua própria terra, substituídos pelos coitadinhos dos imigrantes, que sim de facto são pessoas como nós, mas nós simplesmente não temos nenhum dever moral de os aceitar a todos. Existem milhões deles prontos a entrar na Europa, milhões, espero que lhes dê a sua casa para eles lá viverem.E nós não os odiamos, nós odiamos quem cá os mete e depois vive em condomínios fechados e não sabe o que é viver na Linha de Sintra - cacém, rio de mouro, na Amadora na margem sul, seixal, vale da amoreira, belas vistas, quintas da fonte, etc..



"":o) E já me esquecia: se quiserem ser honestos e justos, os racistas europeus têm a obrigação moral incontornável de engravidarem as vossas mulheres!! Aos portugueses patriotas só podemos recomendar que vejam menos televisão e passem mais tempo com as vossas senhoras. A Europa precisa de gente para trabalhar e se os europeus não têm filhos, os empregos vão para os ucranianos.
Para resolver este verdadeiro traumatismo ucraniano, façam como eu, que sou de esquerda e ateu, mas tenho três filhos lindíssimos e excelentes alunos. O vosso Paulo Portas não tem nenhum. Até apetece dizer: foi assim que a Alemanha..."

Os europeus (!) até teriam muitos mais filhos, mas o sistema podre dá prioridade é a outras coisas, não existe uma verdadeira politica de natalidade para os nativos, obviamente que para os extra-europeus, muitos fazem-no só para viverem á conta do Estado social.
Não fale do que não sabe, a taxa de fertilidade dos ucranianos deve ser tão baixa quanto a nossa.. algo diferente dos subsarianos.
Paulo Portas?? não nos confunda, esse joga da sua equipa, jogo no vosso sistema, sabe lá ele o que é nacionalismo. E de facto foi assim que a Alemanha (...) continua a ser a mais prospera nação europeia.

André Carapinha disse...

Este blogue abre espaço na caixa de comentários a fascistóides assumidos? Há um limite higiénico, na minha modesta opinião.

André Carapinha disse...

Ainda por cima ignorante, como não podia deixar de ser um fascistóide. Afirma a Europa como a única civilização, esquecendo outras como por exemplo a chinesa, a mais antiga do mundo onde já existiam rituais de etiqueta quando aqui andávamos vestidos com peles. Ou a árabe, graças à qual mantemos o conhecimento dos grandes filósofos da antiguidade. E, claro, as civilizações africanas, como por exemplo o Mali, onde os académicos árabes iam estudar à universidade para depois transmitir saber aos europeus, e da qual o viajante Ibn Batuta disse ser o local mais seguro que alguma vez conhecera.
Sobre estas últimas dou-lhe um desconto, já que os europeus as destruíram metodicamente, a nível político, cultural e sobretudo histórico, de modo a que hoje em dia a esmagadora maioria dos que aí andam julgue que de África só saíram cubatas e esperança de vida até aos 30 anos. Enfim, agora como sempre, é da ignorância que se alimentam os fascismos.

Portugal SSempre disse...

"Este blogue abre espaço na caixa de comentários a fascistóides assumidos? Há um limite higiénico, na minha modesta opinião."

Concordo, a liberdade de expressão só deve de servir para as opiniões permitidas... por isso é que os "carapinhas" deste país julgam que podem exultar repressão contra os nacionalistas, pois sabem muito bem, que cada vez que os nacionalistas falam directamente para o povo, mais gente os segue, e mais gente vota neles (como é prova o crescimento nas urnas de todas as forças politicas nacionalistas nas nações europeias) e isso é chato. Quanto a higiene nem comento, pois a patetice tem destas coisas.


"Ainda por cima ignorante, como não podia deixar de ser um fascistóide. Afirma a Europa como a única civilização, esquecendo outras como por exemplo a chinesa, a mais antiga do mundo onde já existiam rituais de etiqueta quando aqui andávamos vestidos com peles. Ou a árabe, graças à qual mantemos o conhecimento dos grandes filósofos da antiguidade. E, claro, as civilizações africanas, como por exemplo o Mali, onde os académicos árabes iam estudar à universidade para depois transmitir saber aos europeus, e da qual o viajante Ibn Batuta disse ser o local mais seguro que alguma vez conhecera.
Sobre estas últimas dou-lhe um desconto, já que os europeus as destruíram metodicamente, a nível político, cultural e sobretudo histórico, de modo a que hoje em dia a esmagadora maioria dos que aí andam julgue que de África só saíram cubatas e esperança de vida até aos 30 anos. Enfim, agora como sempre, é da ignorância que se alimentam os fascismos."

ahahahha, não projecte as suas debilidades nos outros oh boneco, e não vai lá com "ad hominem"... menos choro que está aqui é para aprender.
Não afirmo como única, afirmo como DE LONGE a que mais gerou de civilização, e isto integra tudo, politica, tecnologia, cultural, enfim, ficava aqui o dia todo e não posso. Sim a civilização chinesa de facto muito deu ao mundo, mas nada que se compare sequer ao que os europeus fizeram, desde a medicina moderna, ao homem na lua, enfim, deve ter sido por isso que quando lá chegamos foi o que foi.
Quanto ás suas alucinações dos árabes e dos subsarianos é isso mesmo alucinações... OS GREGOS = europeus foram o berço, é a diferença entre o todo e o residual. Quanto aos malis, é de rir, quando os portugueses chegaram à África subsariana, eles nem a roda tinham inventado, nem um alfabeto coerente tinham.
E sim, a esperança de vida um zimbabué deve ser igual á da Inglaterra do século XIX, é a verdade que te doí?!

Ricardo Alves disse...

Caro André Carapinha,
as regras da caixa de comentários estão definidas a seguir à frase «deixar o seu comentário».

Devo acrescentar que neste blogue já tivemos um comentador residente (católico) defensor das ditaduras, da violência, e que aplaudia mortandades várias.

Também apareceu aí um monárquico católico que defendeu o meu homicídio. Esse, ao menos, assinou com um nome real.

Já agora, aproveito para dizer ao «Portugal SSempre» que enquanto não assinar com o nome real não passa de um cobardola.