Há minutos, um humorista representante do PPM perguntava na RTP se Portugal poderia dar lições democráticas à Holanda ou à Bélgica. Irónico que diga isto exactamente hoje.
Há um ano foi uma tal de Beatriz que decidiu quem governaria a Holanda depois de umas eleições com resultados pouco claros, ontem foi um tal de Alberto que tomou a mesma decisão na Bélgica, escolhendo um e só um partido, que nem chegou aos 14%. Tanto num caso como no outro, a Beatriz e o Alberto tiveram um papel influente nas negociações, tendo ambos apontado negociadores oficiais, indicando-lhes quem negociaria com quem e em que moldes.
Daqui um mês, Portugal estará na mesma situação, e o Aníbal fará o mesmo.
O Aníbal foi eleito por milhões. A Beatriz e o Alberto nem para representantes da turma na escola foram eleitos.
Sim, Portugal tem muito a ensinar.
Há um ano foi uma tal de Beatriz que decidiu quem governaria a Holanda depois de umas eleições com resultados pouco claros, ontem foi um tal de Alberto que tomou a mesma decisão na Bélgica, escolhendo um e só um partido, que nem chegou aos 14%. Tanto num caso como no outro, a Beatriz e o Alberto tiveram um papel influente nas negociações, tendo ambos apontado negociadores oficiais, indicando-lhes quem negociaria com quem e em que moldes.
Daqui um mês, Portugal estará na mesma situação, e o Aníbal fará o mesmo.
O Aníbal foi eleito por milhões. A Beatriz e o Alberto nem para representantes da turma na escola foram eleitos.
Sim, Portugal tem muito a ensinar.
6 comentários :
Na mouche! ;)
1º se o tal de Aníbal foi eleito por milhões era porque não havia grande escolha
dizer que milhões de parolos legitimam o poder
é o mesmo que dizer que milhões de outros parolos aceitam ter soberanos hereditários
ou seja seu Ricardo Alves com falta de pontaria
se Afonso XIII não cumpre as expectativas populares
Afonso XIII cai
se um regime tem apoio popular
expresso por votos ou por fé
fica sempre mais solidificado
mesmo quando é derrubado por golpes militares
(resumindo se a monarquia em POrtugal tivesse apoios nas massas urbanas não tinha caido tão facilmente
mas era um regime só com apoio rural
granda fritaria
duh. a razão porque não há entendimento na bélgica e o rei intervem é que o voto é étnico. uma "república belga" não sobreviveria aos nacionalismos por muito tempo. nesse aspeto, esta monarquia até já vai longa...
ressalvo que o destino do estado belga ou a "injusteza" do seu regime não é coisa que me tire o sono.
E porque é que a Bélgica tem necessariamente de se manter unida, tendo duas etnias totalmente distintas (uma germänica, outra latina), pode-se saber? Bem maior (especialmente em populaçäo) era a Jugoslávia, e ninguém se chateou muito em que se desfizesse, mesmo que as diferenças lá sejam religiosas, visto 4 dos novos 6 países falarem basicamente a mesma língua (existem mais variaçöes linguísticas só dentro de Portugal do que entre os tais países, sabiam?).
A "República Belga" separar-se-ia em 2 países, um tornar-se-ia "depártement" de França, e o outro mais uma província holandesa. Qual o problema? A Bélgica foi desde o início um Estado-tampäo inventado pela Conferência de Berlim, espanto é ter durado tanto.
Entretanto, a Holanda (tal como a Espanha) já foi república, mandada abaixo por golpe de Estado...
e outra vez:
ressalvo que o destino do estado belga ou a "injusteza" do seu regime não é coisa que me tire o sono.
ora essa, sempre que for preciso.
Enviar um comentário