terça-feira, 20 de abril de 2010

A roupa não faz o profissional

Uma caraterística de uma sociedade culturalmente católica como a nossa é a autoridade ser algo imposto e inquestionável. Nestas sociedades, a autoridade tem de ser demonstrada: se não for explícita, pode ser questionada. Uma das formas de demonstrar essa autoridade é através da roupa que se usa.
Reparem por favor na fotografia que apresento. Nela surgem reputados cientistas após uma defesa de tese numa reconhecida universidade americana, de cujo comité faziam parte. Talvez com a exceção do da direita, nenhum deles tem a mínima preocupação com os trajes que usa (o da esquerda está de calções e t-shirt, indumentária que usa o ano inteiro; o do meio usa a mesma roupa o ano inteiro). A sua autoridade, reconhecida pelos seus pares, resulta do seu trabalho e do seu mérito. Ninguém a diminui por eles eventualmente andarem “mal vestidos”. Sobretudo, ninguém considera isso um “desrespeito pela universidade”. Desrespeito pela universidade seria se eles não cumprissem bem as suas funções: se não investigassem, se dessem más aulas. É assim numa sociedade que valorize as pessoas pelo seu trabalho. O que, infelizmente, de um modo geral não é o caso nas sociedades tradicionalmente católicas.
Um deputado também tem uma autoridade inquestionável, resultante de ter sido eleito. Ter sido designado pelos seus eleitores. Pode-se perfeitamente questionar o trabalho de um deputado (não somente os seus eleitores). Pode verificar-se se ele está presente nos plenários, se participa nas comissões, se apresenta propostas. Pode questionar-se a sua autoridade com base nesse trabalho. Mas não com base na roupa que veste no dia a dia, mesmo no seu trabalho. O mesmo para um ministro. (Excetuam-se aqui indumentárias que violem a lei: nomeadamente, não se aceita um deputado nu ou com roupas não neutras. Há de haver um código de indumentária e acho isso aceitável, mas seguramente não obriga ao fato e à gravata. Esperam-se fatos formais em cerimónias oficiais, mas um plenário quotidiano da Assembleia da República ou uma reunião não são cerimónias oficiais.)
Se no final do seu mandato os seus eleitores entenderem julgar o deputado pela sua roupa e não pelo seu trabalho, que o façam. É pena, mas é democrático. Se entenderem que o deputado era mal vestido e que tal os desprestigiava, são livres de escolherem outro. Mas entretanto ninguém pode julgar um deputado pela roupa que usa. Contrariamente à Ana Matos Pires, eu não acho que isto seja um assunto menos relevante (ao contrário do “Manso é a tua tia” de Sócrates a Louçã, dito off the record e sem qualquer valor oficial). O meu prezado Pedro Correia é um bota de elástico quase tão grande como o seu colega de blogue António Figueira (tem sobre este a notória vantagem – para um bota de elástico – de não se dizer de esquerda). Como tal, é natural que ache um “desrespeito” pela Assembleia da República os trajes do (julgo que competente) deputado José Soeiro do Bloco de Esquerda, e o seu preconceito leve a julgar o José um mau deputado (há quem diga o mesmo do João Galamba e do seu brinquinho). Tal como achará que os professores desrespeitam a universidade a apresentarem-se assim como a foto documenta (e provavelmente o seu preconceito levá-lo-á a considerá-los menos competentes por isto).
Eu estou farto desta mentalidade, nunca a aceitarei e creio que a principal razão do nosso atraso a ela se deve. Há que perguntar com toda a frontalidade: quem se julgam Pedro Correia, José Manuel Fernandes (outro que tal), quem se julgam os jornalistas para questionarem os trajes dos deputados da nação?

26 comentários :

João Vasco disse...

Estou completamente de acordo.

Ainda me lembro de ter sabido que em direito os professores chumbavam alunos que não se vestissem "adequadamente" para a prova oral.

Justificavam esta injustiça gritante alegando que em tribunal o juíz poderia ser influenciado negativamente por uma indumentária menos adeuqada.

E desta forma se legitima, como se fosse natural, o total e completo desrespeito pela justiça que seria um juiz deixar-se influenciar pelas indumentárias dos representantes das partes.

Um advogado aparecer de t-shirt em tribunal não representa qualquer desrespeito. O Juiz pensar nisso em vez de pensar no caso é que seria um desrespeito atroz.

Também me parece abominável confunidir-se a forma com o conteúdo. Essa excessiva atenção às aparências.

Eu entendo que a pessoa pragmática se vista bem para uma entrevista de emprego, pois sabe que o empregador pode cometer o erro de dar alguma importância à forma de vestir do entrevistado. Vivemos num mundo imperfeito.
Mas que um professor numa oral prejudique o aluno alegando a estupidez do empregador, já se tornaria patético. Se for um professor de direito, que deveria ter noções básicas de justiça, percebemos logo que alguém tem os seus valores todos trocados.

Attac Portugal disse...

O Esquerda Republicana estaria interessado em ser um blogue solidário com a iniciativa “Cartada contra a privatização dos CTT”? Trata-se de uma iniciativa da ATTAC Portugal. Ver mais informação em www.correiopublico.net/ ou no evento no Facebook

Divulgar este evento seria já uma preciosa ajuda.
Para receber informações regulares da iniciativa e ir divulgando outras actividades que se desenvolverão, confirmar disponibilidade para attac@attac.pt

Abraço

Anónimo disse...

Completamente de acordo. O hábito nunca fez o monge. Pelo menos nos sítios sérios. Talvez o parlamento não seja assim tão sério...

É compreensível que durante muito tempo se tenham usado togas (que ainda se usam) e perucas, para anular esses efeitos sociais num julgamento. Há muitos anos eram evidentes as proveniências sociais de diferentes agentes em litígio.

Se um advogado pensa que pode penalizar o seu constituinte pela forma como está vestido, é uma coisa - deverá sempre actuar no seu interesse. Mas em defesa própria, na oral? Pois se até pode jogar com isso a seu favor, vestindo-se excessivamente bem e jogando com todas essas componentes falaciosas! Não pode ser penalizado por ir de t-shirt mas pode ser beneficiado por ir de fato à medida e gravata de seda? Para isso ia de toga...

Nada que substitua o bom senso e profissionalismo do professor.

Agora, estando o parlamento cheio de advogados, compreendo bem que ainda se pense assim por lá...

Outra coisa que me faz confusão nos tribunais é a idolatria do juiz. Porque é que haveríamos de o chamar de Meritíssimo? Sr. Juiz não é suficientemente respeitoso? Ou levamos com o malhete se ofendermos a classe?

JDC disse...

Uma pergunta para debate: mas a forma de vestir, se demasiado desleixada, não poderá levar o outro a desconfiar se a pessoa em questão também é desleixada noutras áreas da sua vida? Não poderemos ser levados a crer que uma apresentação desleixada poderá representar uma forma de estar na vida? É que não podemos dar-nos ao luxo de conhecer minimamente bem todas as pessoas com quem nos cruzamos profissionalmente!
Atenção que eu falo falo, mas trabalho numa multinacional, sou engenheiro de desenvolvimento e vou de calças de ganga e t-shirt 99% das vezes para o trabalho!

Sérgio disse...

somos provincianos, pequeninos, grunhos e com a mania das grandezas...

Anónimo disse...

JDC, a questão não poderá também ser vista do outro lado? Uma pessoa que se veste de forma aparentemente desleixada pode também ser tomada como sendo focada no essencial e desligada das aparências

JDC disse...

Anónimo, ninguém diz que não, mas essa será a excepção e não a regra!

coisinho disse...

JDC, uma pessoa que se veste impecávelmente não poderá ser tida como alguém que dá excessiva importância às aparências, logo pouco digno de confiança e possívelmente um profissional medíocre?

Ricardo Alves disse...

Os tipos da fotografia foram o teu júri, Filipe?

Filipe Moura disse...

Uma parte, Ricardo... O tipo da esquerda é o meu orientador; o da direita, o meu grande mestre. O do centro, outro professor meu. Três físicos teóricos. Falta um matemático e um físico experimental (que não ficaram nesta fotografia).
Falta dizer que a foto foi tirada logo a seguir à minha defesa.

Carla disse...

Ola' Filipe -- Nao tenho tempo agora para os detalhes completos, mas discordo completamente. Aquilo que a tua foto mostra e' exactamente a mesma coisa, um uniforme, diferente dos que sao normalmente aceitaveis noutras profissoes, mas "normal" ou "expected" (esperado nao parecia certo) nesta. Talvez nunca te tenhas apercebido nisso, mas a fisica tambem altera a forma como algumas pessoas se vestem, so' que e' (usando a avaliacao comum) para pior, e com objectivo de serem levados (ou, sobretudo aqui nos US, levad*as*) a serio.

João Vasco disse...

Carla:

Discordo. Aquilo que tendo a observar no ist em geral e entre as gentes de física em particular, é uma significativa diversidade em relação ao vestuário.

Num ambiente em que o vesturário tende a ser menos "julgado" seriam de esperar duas coisas:

a) maior diversidade do vestuário

b) em média, menos preocupação com o mesmo (visto ser um esforço que traz menos dividendos)

São precisamente essas coisas que eu vejo. Gasta-se menos dinheiro e esforço em média, mas encontras pessoas bem vestidas no sentido convencional do termo, e outras que também se preocupam com a aparência mesmo que num sentido menos convencional (desde cabelos compridos, a certo tipo de "uniforme alternativo"). Mas no geral esta pluralidade descontraída é possível porque existe uma mentalidade generalizada de evitar julgar os outros pela roupa. Pelo menos foi o que senti, e é o que eu sinto entre a esmagadora maioria das pessoas com quem me dou (algumas até de áreas distantes das ciências naturais).
Sei, no entanto, que isto não é generalizado. Devia ser, a meu ver.

João Vasco disse...

Quanto a professores universitários nos EUA das áreas relativas às ciências naturais, também tenho visto essa diversidade. Ora vejo um de gravata, ora vejo um de t-shirt.

Não me parece nada que o deslexo seja um uniforme. Parece-me uma consequência natural de não o ter.

Patrícia Gonçalves disse...

Lembro-me de uma história em que a chegada de uma colaboradora a uma experiência do CERN, há mais de 20 anos, fez (não a pedido dela) com que alguns técnicos começassem a usar cinto nas calças: é que os senhores andavam a passar cabos e a apertar parafusos e às vezes o espectáculo era, no mínimo... cómico! Parece que também comecaram a tomar mais uns banhitos (segundo me contam...).

Enfim, são códigos e usos de cada "ambiente" e variam conforme a proveniencia das pessoas: no CERN é possível olhar para a forma como alguém está vestido e acertar com alguma frequência no seu país de origem. Tem alguma piada, acho eu!

Noutras instituições mais "burocráticas" já é mais difícil fazer apostas apenas com base na indumentária, o que se torna menos divertido!

Filipe Moura disse...

Olá, Carla, e bons olhos te vejam!
A minha experiência na física é bem diferente da que sugeres. Não há trajes absolutamente nenhuns entre os físicos. É verdade que o meu orientador costuma dizer que, num banquete de físicos, as pessoas mais bem vestidas são os empregados de mesa; mas também conheço físicos de fato e gravata. Aliás, ao contrário do que sugeres, a foto demonstra uma certa diversidade – o da direita nunca andaria vestido como o da esquerda: apesar de não usar fato e gravata no dia a dia, era menos “desleixado”, digamos assim, que o da esquerda, que era capaz de andar com t-shirts rotas. O da direita, tipicamente, usava camisa, calças e blaser. Noutros departamentos que eu conheço, também não vejo nenhum “dress code”. Creio que isto não existe em ciências ou engenharia.
O exemplo-testemunho que dás se calhar aplica-se mais a mulheres que a homens. Sim, infelizmente é verdade que uma mulher tem que olhar muito mais para como se veste do que um homem. Isso é sinal de machismo. Mas olha que eu conheço muitas físicas (da nossa idade) muito “mal vestidas” e bem sucedidas profissionalmente! Podia dar exemplos, mas prefiro não dizer nomes.

Carla disse...

Filipe: sem querer, confirmaste mesmo aquilo que eu queria dizer!
"Mas olha que eu conheço muitas físicas (da nossa idade) muito “mal vestidas” e bem sucedidas profissionalmente! Podia dar exemplos, mas prefiro não dizer nomes." O problema e' que (pelo menos para as mulheres, e aqui nos US) e' mais dificil ser bem sucedida se tambem se quiser ser bem vestida. Nao sao raras as historias que eu ja' ouvi de colegas que foram confundidas com as secretarias so' porque apareceram de saia no departamento (e deixaram de aparecer dai' para a frente). E eu ja' perdi a conta `as vezes que ouvi a pergunta "what's the event, why are you dressed up?" -- a ultima vez foi ha' menos de duas semanas, e apesar de ja' nao estranhar ainda me irrita. O subtexto e' que se alguem passa tempo a preocupar-se com a roupa (ou os sapatos, ou as unhas, etc.), e' tempo que esta' a desperdicar em vez de trabalhar em coisas serias. Como ja' foi mencionado, a minha experiencia por ai, ou no CERN, era bastante diferente.

Filipe Moura disse...

Carla, percebo agora o teu ponto de vista. Mas repara que isso só confirma o que eu digo no texto principal! Em Portugal os deputados sofrem reparos por andarem supostamente "mal vestidos". Nos EUA, as cientistas sofrem reparos por andarem supostamente "bem arranjadas". No fundo, é a mesma coisa! Agora, por muito que isso te incomode (e eu compreendo que incomode), aborrecerem alguém por andar "bem vestido" demonstra como os EUA são um país fascinante e bem diferente da Europa.

João Vasco disse...

Acho que incomodar alguém por andar bem vestido é ser fútil de forma algo irónica.

Patrícia Gonçalves disse...

Já me tem acontecido...na Europa, nos ambientes da física das altas energias e afins. Senti algumas vezes que se me desleixasse mais um bocado me levariam mais a sério. Também me perguntaram mtas vezes onde era a festa. Problema deles.

Mas a impressão que tive em conferências nos EUA é que lá é um bocado pior e que talvez se lá vivesse não resolveria o problema só com um encolher de ombros e trabalho científico...
Aliás, fiquei com essa impressão num encontro de mulheres da APF, por sinal quase todas muito mal vestidas ;)

SMP disse...

Por uma vez concordo com o Filipe Moura. Apenas com uma nuance, muita gente veste fato e gravata porque gosta e se sente bem assim. Nem toda a gente se sente "forçada" a isso, muitos homens fazem-no com prazer.

Quem não gosta, não devia ser obrigado a fazê-lo, com o limite do bom senso. T-shirt acho que ultrapassa o bom senso num deputado, porque o conforto não tem que se pretexto para chocar. Quer se queira quer não, a indumentária mais ou menos formal é usada em situações mais ou menos formais. E o Parlamento não é a praia.

Quanto ao exemplo dos advogados, posso falar. A toga é obrigatória, não podemos pleitear sem ela (embora os juizes fechem os olhos a estagiários, porque é cara e conhecem as vicissitudes da nossa profissão). Por baixo é o que se quiser. Os juizes, a mesma coisa. Tenho amigos juizes que vestem calças de ganga e t-shirt por debaixo da beca, sem problema algum. Em Lisboa a realidade é uma, fora dos centros urbanos é outra. Diria que a grande maioria dos advogados na provincia anda "à vontade". Pessoalmente, tento o mais que posso fugir à gravata, mas a T-shirt a trabalhar é impensável. Tenis ou ganga também não arriscaria. Não porque não seja livre de o fazer (trabalho por conta própria), mas porque iria tornar-me menos credivel aos olhos dos meus clientes, que obviamente não quero perder. Seria menos competente? Não, mas a as coisas são como são. (frase que denuncia o perigoso reaccionário que sou ;) )

Filipe Castro disse...

Aqui e igual. E se lhes apetecer vestem-se o melhor que sabem. Ninguem liga se eu der aulas de gravata ou de calcoes.

Patrícia Gonçalves disse...

No meio científico mais "duro" dá-nos alguma credibilidade parecer que não nos preocupamos muito com a indumentária. Nos meios mais burocráticos será o contrário. São convenções (uma mais implícita que a outra) de cada meio como aliás, já aqui foi dito.

Não deixa de ser curioso que estas convenções sejam mais acentuadas na pratica para os homens: o fato e gravata ou os "chinelos do cern" (não sei se sabem do que estou a falar...), uma meia de cada côr no esteriótipo do cientista, são usados por homens.

Ou seja, maior parte destas convenções aplica-se aos homens. Há 100 anos eram poucas as mulheres a exercer este tipo de profissões, quer as científicas quer as administrativas e as profissões liberais. Com o aumento do número de mulheres nestes sectores, estas em parte herdaram as convenções masculinas, mas sendo mulheres, é delas esperado que "excaixem" no modelo feminino vigente... Então há um compromisso e as convenções de vestuário para as mulheres são mais permissivas. Isto na maior parte dos casos, pois quando se espera que desempenhem um papel mais "decorativo" têm de usar saltos altos e saias (as hospedeiras por exemplo são obrigadas a convenções apertadas no que toca a farda a usar).

O conflito surge quando as mulheres querem, e bem, ser postas "exactamente" em pé de igualdade com os seus pares, e para isso são postas perante o problema de adoptar o código de indumentária do meio. Por um lado crescemos de acordo com um modelo feminino que quer queiramos quer não nos afecta, mesmo que a cada uma em grau diferente. Somos bombardeadas desde pequenas com a importancia da nossa aparência e acabamos por dar valor a isso. Depois, aos 20-30 anos, chegamos a um meio científico e percebemos que nos confundem com a secretária, porque não usamos coisas como sandálias de velcro com meias por baixo!

Por isso penso que há aqui pelo menos dois problemas: aquele de que fala o post e aquele de que eu e a Carla estamos a falar que é muito específico do nosso meio e que não afecta da mesma forma homens e mulheres. O que para o Filipe é uma libertação para nós é uma fonte de "confusão".

SMP disse...

Patricia, nunca tinha pensado nisso, é curioso.

No meu meio é ao contrário, para as mulheres é mais fácil, porque o é entendido por "formal" ou mesmo "apresentável" é muito mais flexivel do que nos homens e a indumentária feminina é muito menos padronizável. Ou seja, as mulheres vestem mais ou menos como querem, desde que não seja de biquini e havaianas.

Que no meio cientifico levantasse desconfiança dos pares o facto de uma mulher ser bonita ou bem vestida é de facto o reverso da medalha.

Filipe Moura disse...

Patrícia e Carla, compreendo que tudo isto vos incomode. Mas eu adoro gente mal vestida. Eu adoro pelintrões. Eu sou aluno do senhor da esquerda; e raramente o terei visto tão bem vestido como nesta ocasião.
Chatear alguém por andar excessivamente bem vestido: compreendem que é o sonho de quem já vigiou exames no Instituto Superior Técnico de bermudas e
havaianas como eu. Se bem que a liberdade e a diversidade devem prevalecer (que fique bem claro). Mas deixaram-me com saudades dos EUA, um país de malucos por vezes saudáveis. Desenvolvam este tema!

José Gonçalves Cravinho disse...

Porque será que ultimamente,gente intelectual de destaque,usa barba à labrêgo e calças de ganga?Será para mostrar que são democratas e populares?E muitos jovens
estudantes filhos de pais ricos burgueses,vestem calças rasgadas e manchadas como os pobres?!
Eu até penso que êles querem assim indirectamente dar um exemplo aos pobrezinhos de que não téem de se envergonhar de serem pobres e de
andarem mal vestidos e rasgados,
pois os filhos e filhas de gente rica,também não téem vergonha de andar mal vestidos e esfarrapados.
Mas de facto,o hábito não faz o monge.Mas como disse o poeta Aleixo
«Se o hábito faz o monge/ e se o Mundo se quer iludido/o que dirá quem vê de longe/um gatuno bem vestido?!»

باز راس الوهابية وفتواه في جواز الصمعولة اليهود. اار الازعيم-O FLUVIÁRIO NO DESERTO disse...

quando veijo um gajo de calções e barbudo penso logo naquele padre belga que gostava muito dos hutus e deu uma ajudazinha pra matar as baratas tutsis
(é irmãozinho do careca)

Filipe Moura disse...

O tipo da esquerda é o meu....
o da direita, o meu mahatma
O do centro, outro gandulo da physica
Falta dizer que a foto foi tirada logo a seguir à minha defesa....agora anda no ataque como tantos outros....

o peor é quando ganham the Ten yearismus ...de calções ou de cabelo pintado de verde
quando chegam a emmeritus e grandes mestre's yodas ficam phodidus de todo