O debate televisivo dos três principais líderes políticos britânicos, transmitido ontem na Sky News e o segundo da campanha, confirmou a presença dos liberais-democratas como figura incontornável nas eleições deste ano. O líder conservador, David Cameron, esperava ver o fenómeno “Clegg” evaporar-se, mas o desempenho do líder liberal-democrata, Nick Clegg, confirmou a sua presença no combate eleitoral mais imprevísivel das últimas décadas. Os “lib-dems” são bem mais do que o sabor do mês. A sua subida de popularidade poderá conduzir a resultados surpreendentes (partido mais votado mas com menos lugares no Parlamento) que em si iniciarão a necessária reforma do sistema eleitoral. Mais. Os liberais-democratas poderão vir a ser o partido quem controla o acesso ao número 10 de Downing Street.
O desempenho dos três líderes foi bastante equilibrado – como aliás confirmam as várias sondagens publicadas imediatamente a seguir ao debate. David Cameron falou com mais convicção e emoção do que na semana anterior, o primeiro-ministro e líder trabalhista, Gordon Brown, falou com autoridade (e sem bombardear o público com dezenas de factos e estatistíscas), e Nick Clegg defendeu bem a sua posição, com um desempenho combativo, franco e articulado.
O tema do debate – política externa – não se prestou a “Combates de Titãs”. Os três partidos tem posições muito parecidas sobre a maior parte dos temas (para compensar os três líderes praticaram o narcisismo das pequenas diferenças), e nas áreas onde os liberais-democratas se poderiam demarcar, Clegg revelou-se incrivelmente conciliador (claramente para aplacar os preconceitos eurocépticos da opinião pública). Sobre a Europa, Clegg concedeu que a União Europeia faz coisas “estúpidas” e quando defendeu a sua proposta de aministia para os imigrantes ilegais não mencionou o efeito benéfico da imigração na economia britânica (David Cameron foi o único líder a fazer esse comentário).
O resultado do debate foi a confirmação dos liberais-democratas como um partido de governo credível e que alteraram o normalmente previsível duelo eleitoral. Agora o tango (eleitoral) dança-se a três.
O desempenho dos três líderes foi bastante equilibrado – como aliás confirmam as várias sondagens publicadas imediatamente a seguir ao debate. David Cameron falou com mais convicção e emoção do que na semana anterior, o primeiro-ministro e líder trabalhista, Gordon Brown, falou com autoridade (e sem bombardear o público com dezenas de factos e estatistíscas), e Nick Clegg defendeu bem a sua posição, com um desempenho combativo, franco e articulado.
O tema do debate – política externa – não se prestou a “Combates de Titãs”. Os três partidos tem posições muito parecidas sobre a maior parte dos temas (para compensar os três líderes praticaram o narcisismo das pequenas diferenças), e nas áreas onde os liberais-democratas se poderiam demarcar, Clegg revelou-se incrivelmente conciliador (claramente para aplacar os preconceitos eurocépticos da opinião pública). Sobre a Europa, Clegg concedeu que a União Europeia faz coisas “estúpidas” e quando defendeu a sua proposta de aministia para os imigrantes ilegais não mencionou o efeito benéfico da imigração na economia britânica (David Cameron foi o único líder a fazer esse comentário).
O resultado do debate foi a confirmação dos liberais-democratas como um partido de governo credível e que alteraram o normalmente previsível duelo eleitoral. Agora o tango (eleitoral) dança-se a três.
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