Na Alemanha, uma futura ministra dos Assuntos Sociais do Estado da Baixa-Saxónia diz isto: «os símbolos cristãos não têm lugar na escola pública; as escolas públicas devem ser neutras». Pronuncia-se também contra os véus islâmicos. Chama-se Aygül Özkan, e é de religião muçulmana. No partido a que pertence, a CDU, houve quem não gostasse: «responsáveis políticos que queiram banir o crucifixo das escolas deveriam reflectir sobre se um partido democrata-cristão é verdadeiramente o lugar deles».
Ou muito me engano, ou a Europa será muito mais laica daqui a trinta anos.
Ou muito me engano, ou a Europa será muito mais laica daqui a trinta anos.
7 comentários :
E ainda bem! A bem de não perdermos os avanços civilizacionais devido a uma crescente islamização da Europa, é vital sermos cada vez mais laicos e, sobretudo, se tivermos os muçulmanos do nosso lado nessa luta! Um grande bem haja à Sra. Aygül Özkan
A Europa não será mais laica daqui a trinta anos, mais ainda mais dualizada entre os dois pólos culturais que se começam a desenhar hoje: um pós-cristão e laico e outro muçulmano.
Nuno,
parece-me que cada vez mais teremos três pólos: o laico, o cristão (essencialmente católico) e o muçulmano. E quando o jogo é a três, há dois que poderão estar do mesmo lado em algumas jogadas...
Caro Ricardo,
O pólo cristão será irrisório daqui por trinta anos se exceptuarmos o caso raro da Polónia. A radicalização dos jovens muçulmanos e as tendências migratórias e demográficas vão fazer o resto: há estudos que prevêem que 25% da Europa será muçulmana em 2050.
Uma coisa é certa: os radicais têm plena consciência que o tempo está a seu favor.
Nuno,
se o pólo cristão for irrisório e o muçulmano não passar dos 20%, então a maioria será laica.
Ricardo,
Mas esses 20 ou 25% não serão distribuídos de maneira homogénea. As grandes cidades do norte da Europa - os centros decisórios - serão provavelmente de maioria muçulmana em 2050. Bruxelas, Amesterdão, Londres, Paris talvez. Tudo isto é altamente especulativo, mas a tendência actual é essa (e conjugada com um fénomeno de "white flight").
Essas cidades poderão vir a ser de maioria muçulmana (embora eu tenha algumas dúvidas; as taxas de natalidade dos muçulmanos não se vão manter constantes...), mas os centros decisórios não serão muçulmanos. Washington (a cidade) é de maioria negra há muito. Sem que isso tenha relevância para o governo federal.
Enviar um comentário