O bloguista Henrique Raposo incomoda-se que se critique demais a ICAR e de menos o Islão. Asseguro-lhe que não sei, em absoluto, qual será a conta certa da crítica. Depende das oportunidades e do impacto previsto em quem nos ouve. E, se a «agenda mediática» não é (regra geral) marcada por mim (que nem escrevo no Expresso), parece-me injusto acusar todos os ateus da blogo-esfera de não criticarem a religião de Maomé e Bin Laden. Aqui e ali, por exemplo, tem-se criticado abundantemente os uns e os outros.
Mas, já que estamos a comparar parcialidades e omissões, o Henrique Raposo poderia responder à pergunta que lhe coloquei há uns tempos: critica a mutilação genital feminina por ser associada ao Islão, ou por ser um crime abjecto? E se a resposta for a segunda, porque não critica também a mutilação genital masculina tão comum no Islão? (Será por também ser obrigatória no judaísmo?)
Resposta para aqui.
2 comentários :
Se o próprio admite que já foi um acéfalo do politicamente correcto, provavelmente também acha que não devíamos lê-lo.
O rigor intelectual da personagem mede-se pela afirmação de que se diz «agnóstico», ao invés de «ateu», porque não gosta do Hitchens e de outros ateus demasiadamente «à esquerda» para o gosto dele.
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