A campanha eleitoral para as eleições legislativas britânicas começou ontem com o ritual da visita do primeiro-ministro a Buckingham Palace (é a Rainha que tem o poder de dissolver o Parlamento), seguida dos discursos supostamente visionários dos líderes partidários. O líder conservador, David Cameron, promete, sem muita convicção, “mudança”; o líder dos liberais-democratas, Nick Clegg, oferece, “mudança que funciona para si” (whatever that means), enquanto o primeiro-ministro e líder trabalhista, Gordon Brown, promote mais do mesmo. Tudo isto, numa atmosfera frenética. Como se a actividade escondesse a vacuidade.
O eleitorado, esse, boceja. E com razão. Como escrevia hoje no Guardian, o dramaturgo, David Hare, esta campanha eleitoral tornou-se já numa oportunidade perdida para arrumar no arquivo da história o paradigma económico que causou a maior crise económica e financeira desde 1929. É que em vez de “pensarem em grande”, os líderes dos principais partidos vão passar os próximos 29 dias de campanha “a debater tudo excepto o que é importante”.
Como a vitória ou derrota está longe de estar assegurada para qualquer dos partidos (há uma forte possibilidade de empate eleitoral), tanto os trabalhistas, como os conservadores, como os liberais-democratas investem a fundo no buraco negro que é o centrismo ideológico (esse mesmo centrismo que tem contribuído para o aumento da apatia entre os eleitores). E assim, as próximas semanas vão ser passadas a discutir sobre os méritos e deméritos de aumentar em 1% as contribuições para a segurança social. Ou seja, os principais partidos britânicos parecem estar determinados a, como dizia Willie Whitelaw, “a andar pelo país a provocar apatia”.
O eleitorado, esse, boceja. E com razão. Como escrevia hoje no Guardian, o dramaturgo, David Hare, esta campanha eleitoral tornou-se já numa oportunidade perdida para arrumar no arquivo da história o paradigma económico que causou a maior crise económica e financeira desde 1929. É que em vez de “pensarem em grande”, os líderes dos principais partidos vão passar os próximos 29 dias de campanha “a debater tudo excepto o que é importante”.
Como a vitória ou derrota está longe de estar assegurada para qualquer dos partidos (há uma forte possibilidade de empate eleitoral), tanto os trabalhistas, como os conservadores, como os liberais-democratas investem a fundo no buraco negro que é o centrismo ideológico (esse mesmo centrismo que tem contribuído para o aumento da apatia entre os eleitores). E assim, as próximas semanas vão ser passadas a discutir sobre os méritos e deméritos de aumentar em 1% as contribuições para a segurança social. Ou seja, os principais partidos britânicos parecem estar determinados a, como dizia Willie Whitelaw, “a andar pelo país a provocar apatia”.
2 comentários :
A terceira via está morta no país que a inventou. E ninguém sabe o que se seguirá: o centro é um beco sem saída.
Aqui passa-se o mesmo: os mentirosos da direita sao piores que os esquerda, mas o consenso sobre o capitalismo selvagem e geral.
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