- «(...) parece ser plausível a ideia de que o segredo para o fôlego do capitalismo tem residido na sua plasticidade e maleabilidade para acomodar até certo ponto lógicas de redistribuição da riqueza e de acesso a bens e serviços cruciais sem a mediação mercantil (...)» («Economia Política do Capitalismo: as hipóteses da impureza e da variedade», no Ladrões de Bicicletas.)
- «Se é pela virtude e pelo exemplo moral que se deve seguir a pretensão de Maria Filomena Mónica, porque razão determo-nos nos políticos? Os médicos devem ser um modelo cívico de higiene e saúde. Porque não sabermos se o nosso médico fuma, bebe ou sai à noite? E os professores, que educam os nossos filhos, porque não sabermos os detalhes íntimos de cada um deles? As hipóteses são inesgotáveis.» («O doce charme do voyeurismo», no Zero de conduta.)
- «(...) a ética não é uma resposta a pressões externas, nem um meio para um fim. Não é o que fazemos para escapar à prisão ou para agradar a um deus. São as restrições que nós próprios impomos aos nossos actos. Se em todo o universo só existir eu e um cachorro, a ética vem da compreensão que não devo dar um pontapé no bicho porque isso vai magoá-lo. É o critério final que avalia os meus actos. Não depende do polícia, dos santos, de Deus nem da tia Dele.» («Ética, parte 3: Deus?... Para quê?», no Que Treta!)
terça-feira, 19 de junho de 2007
Revista de blogues (19/6/2007)
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