quinta-feira, 14 de junho de 2007

Revista de blogues (14/6/2007)

  1. «Devido à programada trasladação dos restos mortais de Aquilino Ribeiro para o Panteão Nacional e à petição filo-monárquica que quer travar a iniciativa (...), um post de João Miranda no Blasfémias perguntando se "ser a Assembleia da República a decidir quem deve ser sepultado numa igreja não viola o princípio da separação entre a Igreja e o Estado" alarga a discussão ao próprio conceito de Panteão. De facto, há um entorse do princípio da separação, mas que não resulta da vontade do Estado utilizar o espaço de uma igreja para realizar cerimónias fúnebres, mas sim do facto de o Panteão Nacional não ter sido laicizado, à semelhança do que sucedeu, por exemplo, em França, quando foi decidido que aquele seria o uso definitivo da antiga basílica de Santa Genoveva. (...) Conforme disse Rui Tavares num comentário ao post de João Miranda "o panteão nacional / igreja de santa engrácia foi iniciado num tempo em que o catolicismo era a religião única do reino e terminado com dinheiros públicos, já no fim da década de 1960. foi feito e pago pelo povo português, e não só pelos católicos. se há coisa que viola o princípio da separação é o facto de ainda ser uma igreja, mas se alguém propusesse que deixasse de o ser logo seria acusado de jacobinismo." Não tenho medo do epíteto: PANTEÃO LAICO, JÁ!» («Panteão Laico», no Boina Frígia.)
  2. «Ser Cadete: Código de Honra 9. O Aluno da Academia Militar ama devotadamente a sua Pátria e forja os seus ideais no culto dos grandes valores humanos e cristãos que a encheram de glória no passado. (...) É completamente inaceitável que o Código de Honra da Academia Militar faça menção ao cristianismo. Seria suficientemente grave que qualquer escola ou universidade pública submetesse os seus alunos ao respeito dos "valores cristãos". Que os militares, que são quem no limite deve garantir a segurança e estabilidade do regime, tenham um código de ética que vai contra a Constituição é duplamente grave. Impõe-se a denúncia deste caso e a alteração do referido código.» («Pela Laicização da Academia Militar», no Blogue Liberal Social.)

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