A Lei de Separação da Igreja do Estado faz hoje cem anos. Se ainda estivesse em vigor, não deveriam existir «empregos» de capelão no funcionalismo público, subsídios das autarquias à construção e manutenção de igrejas (muito menos a missas campais ou a peregrinações), lugares de professor na escola pública por nomeação da ICAR ou outras igrejas, crucifixos e outros símbolos religiosos em serviços públicos, uma Comissão de Liberdade Religiosa que hierarquiza as comunidades religiosas, uma Concordata que garante o reconhecimento civil das associações canónicas, devolução do IVA para a ICAR e outras e mais isenções fiscais para as igrejas, políticos a convidarem padres para benzer as «obras feitas» e «mensagens de natal» do Policarpo na televisão pública.
Faz-nos falta Afonso Costa. Leia-se a sua carta no site da Associação República e Laicidade, em que explica a Lei de Separação.
Leiam-se também os seguintes textos, de autores que defenderam a ideia de laicidade há cem anos.- «A obrigatoriedade do Registo Civil» (Fernão Botto Machado, 1908)
- «A Educação Congreganista» (Beatriz Pinheiro, 1910)
- «O Partido Republicano e as crenças religiosas» (Raúl Proença, 1910)
- «O Espírito Laico e o Espírito Livre Pensador» (Magalhães Lima, 1911)
- Discurso em Defesa da Lei de Separação (Afonso Costa, 1914)
[Esquerda Republicana/Diário Ateísta]
4 comentários :
QUEIMEM AFONSO COSTA EM EFÍGIE
E SALGUEM AS CINZAS
Não serve de nada, anónimo. O exemplo dele está aí, para o seguirmos...
E que tal fazer os links dos "seguintes textos" correctamente? Bem, talvez seja melhor continuarem como estão, dizendo "not found", pois a prosa recomendada é de baixíssima categoria. e deu no resultado que se sabe. Querem repetir masi quatro décadas?
Cidadão Nuno Castelo-Branco,
os linques funcionam e estão à sua disposição para que se ilustre sobre o republicanismo, o que nitidamente lhe faz falta.
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