- «Fui dos que receberam com alguma expectativa a notícia da candidatura de Fernando Nobre, que apenas conhecia da AMI, à Presidência da República. (...) As informações que davam Nobre como uma mera marioneta de Soares contra Alegre, deixaram-me de pé atrás (...).
Mas o seu discurso de apresentação tirou-me todas as dúvidas. Não existia ali algo minimamente parecido com uma ideia, só um arrazoado de "slogans" em volta da questão da "cidadania" e a tentativa grosseira de capitalizar o descontentamento geral com os partidos reclamando-se, frase sim frase não, "apartidário" e contra o "sufoco partidário". (...)
Há cerca de 15 dias Nobre mantinha ainda o discurso antipartidos, garantindo que nunca integraria uma lista partidária. A fazer fé no seu ex-director de campanha, estaria já na altura a leiloar-se entre PS, CDS/PP e PSD.
Pelos vistos foi o PSD quem deu mais. Arrematou o candidato dos "valores" e dos "princípios" com a promessa da presidência da AR. E Nobre fez o negócio da sua vida.» (Manuel António Pina)
terça-feira, 12 de abril de 2011
Revista de imprensa (12/4/2011)
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