Ao fim de cinco anos a ser a ala esquerda do neoliberalismo, José Sócrates descobre-se subitamente um defensor do «Estado Social» e até do «Estado Providência» (maiúsculas no original), e que «não contem [com ele] para pôr o neoliberalismo na Constituição». Pois não: as parcerias público-privado nos hospitais; a queda dos impostos sobre a banca; o combate à crise pelo corte de prestações sociais; a «desestatização» da escola pública; as privatizações - todas estas foram medidas neoliberais dos governos socráticos que não necessitaram de revisões na Constituição para serem aplicadas. Mas quando vê os seus ex-companheiros da JSD Portas e Coelho a carregarem no acelerador, Sócrates pisca o olho à esquerda.
Paciência. Com ele, já ninguém acredita. Com outro, que tirasse as devidas consequências ao nível das alianças partidárias, talvez.
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